7 dicas para lidar com a ansiedade nos estudos

Neste segundo texto da série Janeiro Branco: Saúde Mental e Estudos, vamos falar sobre um dos principais pontos de alerta entre estudantes: a ansiedade

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A ansiedade é um desafio comum enfrentado por estudantes em diversas fases da vida acadêmica. Ela pode surgir em momentos de pressão, como antes de provas ou durante a preparação para vestibulares. Saber como lidar com a ansiedade é essencial para manter o equilíbrio e um bom desempenho nos estudos.

Existem várias estratégias que podem ajudar a minimizar esse sentimento e melhorar a concentração. Técnicas como a organização do tempo, a prática de atividades físicas e a adoção de uma alimentação saudável têm um grande impacto. A saúde mental deve ser prioridade para garantir que o estudo não prejudique o bem-estar.

Se você está lidando com a ansiedade nos estudos, é importante aplicar dicas práticas e adaptar ao seu estilo de vida. Manter a calma e buscar ajuda quando necessário são ações essenciais. Continue lendo para descobrir as 7 dicas que podem transformar sua experiência de aprendizagem.

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Se preferir, navegue pelo índice abaixo.

Tem como acabar com a ansiedade? Mas o que é ansiedade?

Antes de mais nada, vale a pena entendermos que ansiedade é um sentimento humano natural e nosso objetivo não deve ser não sentí-la. Mas sim buscar formas de lidar com o sentimento para ele ter um limite saudável que não atrapalhe a sua vida cotidiana.

Assim, querer acabar com a ansiedade também não é saudável, emocionalmente falando. Enquanto seres humanos, nossa vida é cheia de altos e baixos, sentimentos positivos, negativos e neutros. Isso se mescla ao longo do dia a dia e é totalmente normal.

Da mesma forma que é normal uma pessoa sentir tristeza eventualmente e isso não signifique que ela esteja com depressão, sentir ansiedade pode não significar que a pessoa possui um transtorno mental.

Por exemplo, no primeiro dia de aula, é normal sentir ansiedade pelo novo ciclo, aquele friozinho na barriga, que traz até um ânimo. No entanto, caso você não queira ir de jeito nenhum e chegue a faltar, é sinal de que seu nível de ansiedade é mais alto do que deveria. Nesse caso, o acompanhamento profissional se faz fundamental para a melhora.

Não tenha vergonha de cuidar de você mesmo(a)!

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Terapia: para quem serve?

A terapia é uma ferramenta poderosa para lidar com diversos desafios emocionais, incluindo a ansiedade nos estudos. Muitos estudantes enfrentam altos níveis de estresse e pressão, o que pode impactar diretamente seu desempenho acadêmico. Buscar ajuda psicológica é uma forma eficaz de melhorar a saúde mental e a qualidade de vida.

Para estudantes, a terapia pode ajudar a lidar com a cobrança interna e externa que surge durante o período de estudos. Às vezes, a ansiedade pode se tornar debilitante, afetando o foco e a motivação. A terapia oferece um espaço seguro para entender essas emoções e aprender formas de enfrentá-las.

Além disso, a terapia também auxilia no desenvolvimento de habilidades emocionais essenciais, como autoconhecimento e autocontrole. Estudantes que se conhecem melhor têm mais facilidade para identificar quando estão sobrecarregados e podem buscar ajuda antes que o estresse se torne mais intenso. Isso melhora a qualidade dos estudos e o equilíbrio emocional.

O apoio terapêutico não se limita a momentos de crise. Mesmo em períodos de relativa tranquilidade, a terapia pode ser uma ferramenta de prevenção. Para muitos estudantes, a terapia se torna um processo contínuo de crescimento, onde aprendem a gerenciar emoções e encontrar equilíbrio entre as responsabilidades acadêmicas e o cuidado pessoal.

Se você sente que a ansiedade está afetando seus estudos, a terapia pode ser a chave para reconquistar o controle. Não há vergonha em procurar apoio profissional para cuidar da sua saúde mental. Investir em sua saúde emocional pode ser um passo importante para melhorar seu rendimento acadêmico e seu bem-estar geral.

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Transtorno de Ansiedade: o que é o que fazer para tratar?

Agora que já entendemos que não dá para acabar com a ansiedade, precisamos falar sobre quando esse sentimento passa do limite adequado e pode ser diagnosticado quando uma doença mental.

Para ser diagnosticada com transtornos de ansiedade, a pessoa deve ser avaliada e fazer acompanhamento com profissional adequado, nesse caso o médico psiquiatra. É papel do psiquiatra tratar da saúde mental do ponto de vista fisiológico, considerando o contexto de cada paciente, inclusive fazendo a indicação, quando necessário, de medicamentos específicos e também de psicoterapia.

Sendo assim, a saúde mental é uma área multidisciplinar e conciliar tratamento psiquiátrico com psicoterapia é fundamental para resultados mais assertivos e duradouros.

Como identificar os sintomas de ansiedade nos estudos?

A ansiedade nos estudos pode se manifestar de várias formas, tanto físicas quanto emocionais. Sintomas como insônia, falta de apetite, ou um coração acelerado podem ser sinais de que o estresse está afetando o corpo. Esses sintomas físicos podem prejudicar a concentração e a disposição para estudar.

Além dos sintomas físicos, mudanças no comportamento também podem ser um indicativo de ansiedade. O estudante pode se sentir constantemente preocupado, ter dificuldades para começar ou concluir tarefas e até evitar os estudos devido ao medo de falhar. A procrastinação é um comportamento comum nesse cenário.

Outro sintoma é a sensação de sobrecarga mental, onde o estudante se sente incapaz de organizar ou processar as informações. Isso pode gerar uma constante sensação de que o tempo nunca é suficiente, levando a um ciclo vicioso de frustração e pressão. A sensação de inadequação também pode ser prevalente, mesmo quando o desempenho está sendo bom.

Caso esses sintomas persistam, é importante procurar ajuda. Identificar os sinais de ansiedade nos estudos é o primeiro passo para buscar estratégias de enfrentamento, como a terapia ou práticas de autocuidado. Reconhecer o problema permite que o estudante tome ações para manter sua saúde mental equilibrada enquanto concilia os estudos.

7 dicas para lidar com a ansiedade nos estudos

Se está difícil lidar com a ansiedade nos estudos, confira 7 dicas que podem te ajudar nesse período!

1. Não usar fórmulas prontas para a ansiedade nos estudos ou na vida

O que mais tem nas redes sociais são pessoas disseminando informações falsas e preconceituosas, especialmente sobre saúde mental. Há também fórmulas prontas, como: medite para acabar com a ansiedade; faça o curso X e não tenha mais crises de ansiedade; busque a religião como cura, etc.

Por isso, a primeira dica é: não existem fórmulas mágicas para lidar com a ansiedade!

2. Psicoterapia e acompanhamento médico

Lidar com os sentimentos e emoções é algo complexo e a melhor forma de entender o que funciona melhor para você é com um atendimento individualizado. Apesar de desabafar com amigos e familiares ser, às vezes, um bom alívio para as angústias e inquietações, somente profissionais de saúde têm conhecimento suficiente para conduzir o processo terapêutico de tratamento.

Além disso, ao longo da terapia, o(a) próprio(a) psicólogo(a) pode apontar a necessidade do acompanhamento psiquiátrico.

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3. Planejamento e organização

A saúde mental como um todo pode afetar os estudos de várias formas. Ansiedade, dificuldade de concentração e memorização, entre outros, podem ser minimizadas com técnicas de planejamento e organização.

Por exemplo, inclua mini metas, que sejam alcançáveis, para você se sentir realizado(a) ao longo do caminho e aumentar sua motivação. Se você quer ler um livro de 80 páginas em um mês, mas não está conseguindo por achar muita coisa, coloque mini metas semanais e diárias, conforme você se sentir mais à vontade. Ler 80 páginas parece mais difícil do que ler 2 a 3 páginas por dia!

4. Autocuidado e respeito

Você falaria para seu melhor amigo(a) o que costuma falar para você mesmo? Se você se cobra demais ou se ataca com frequência, entra em um ciclo de se sentir insuficiente, se puxar ainda mais para baixo e não encontrar motivação para se erguer, assim a ansiedade se torna um fator paralisante.

Exercitar o autocuidado pode te ajudar a se respeitar e incluir pequenas celebrações pessoais. Se você tirou 6 em uma prova, foque em melhorar, sem se ofender e celebre que já acertou mais da metade, por exemplo!

5. Sono de qualidade

Durma! Sim, pode parecer simples, mas nem sempre é fácil colocar em prática. Pessoas com ansiedade apresentam frequentemente alterações no sono para mais ou para menos.

Algumas técnicas de higiene do sono podem ajudar, como evitar o uso de telas 1 hora antes de dormir, apagar luzes e reduzir barulhos. Busque conciliar na sua rotina ao menos 6 horas de sono de qualidade por dia.

6. Inclua a atividade física na sua semana para melhorar a ansiedade nos estudos

Cuidar da alimentação, aumentar a ingestão de água e fazer atividade física ao menos 3 vezes por semana ou 15 minutos por dia podem fazer total diferença na sua saúde mental e física.

Isso porque essas práticas liberam substâncias no organismo que causam relaxamento e bem-estar, além de melhorar a qualidade do sono.

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7. Estabeleça uma rotina que funciona

Estabelecer uma rotina que considere seus horários, atividades diárias obrigatórias e opcionais é um bom exercício para pessoas com ansiedade.

Defina 3 coisas que você deve fazer em cada dia; Entenda quanto tempo mais ou menos cada uma leva para ser feita e se programe para o que mais você quer fazer.

Isso ajuda a definir o que é ou não prioridade e pode ajudar a reduzir um gatilho de ansiedade: culpa e autocobrança.

Saúde mental não é uma linha constante e entender isso é importante para aceitar que nem todo dia estaremos bem e tudo bem! Recalcular a rota pode ser necessário e, sem se limitar ou se diminuir, tenha em mente que você faz o que consegue fazer e isso já é uma conquista.

Gosta de saber mais sobre saúde mental e estudos? Então, confira toda terça-feira aqui no Gran: o divã do Concurseiro. Programa conduzido pela psicóloga clínica e neuropsicóloga, criadora da teoria sobre equilíbrio emocional para concursos, Juliana Gebrim e convidados. Para assistir o programa, clique no link abaixo:

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