Cada país possui sua própria Língua de Sinais, no Brasil, é válida a Libras ou Língua Brasileira de Sinais. A seguir, entenda o que significa Libras, como aprender e qual a importância.
Então, vamos lá, se preferir, navegue pelo índice abaixo:
- O que é Libras e Língua de Sinais?
- Como surgiu a língua de sinais?
- Quem criou a língua de sinais?
- Quando o Brasil reconheceu a língua brasileira de sinais?
- Língua de Sinais ou Linguagem de Sinais?
- Como aprender Libras?
- O que se aprende em Libras?
- Curso de Libras: onde fazer?
- Como ser intérprete de libras?
- Qual o dia nacional da língua brasileira de sinais?
- Língua de Sinais nos cursos da Gran Faculdade
O que é Libras e Língua de Sinais?
Libras e Línguas de Sinais é a mesma coisa? Sim e não! Em síntese, Língua de Sinais é uma forma de comunicação visual-gestual com variações de acordo com cada país e Libras é a sigla para a Língua Brasileira de Sinais.
Basicamente, a Língua de Sinais funciona como um idioma completo, com regras gramaticais, alfabeto, palavras, gírias, variações linguísticas, etc. e existem mais de 200 Línguas de Sinais no mundo.
Cada Língua de Sinais tem suas próprias normas e há países em que mais de uma língua de sinais é utilizada. Ou seja, a Língua de Sinais não é uma língua universal, ela possui variações de acordo com a comunidade em que está inserido e gírias que variam dentro de um próprio país/comunidade.
Exemplificando, da mesma forma que mandioca, aipim e macaxeira são variações linguísticas de um mesmo alimento dependendo do lugar do Brasil que você está, em Libras também há variações regionais, gírias e diferentes sinais para uma mesma palavra.
Mesmo com as variações, a Língua de Sinais válida em todo o Brasil é a Libras.
Como surgiu a língua de sinais?
A língua de sinais, de forma geral, foi evoluindo conforme a necessidade do homem em se comunicar para sobreviver. Portanto, seu surgimento não é datado e atribuído formalmente à um cenário isolado, pois em diversas regiões do mundo a linguagem foi se moldando à sua maneira e assim, cada sociedade desenvolveu uma língua de sinais.
Quem criou a língua de sinais?
A língua de sinais não foi criada por uma pessoa em específico, mas alguns nomes acabaram se destacando no que diz respeito aos estudos sobre a língua de sinais.
Em 1760, por exemplo, o francês Charles-Michel de l’Épée fundou na cidade de Paris uma escola para surdos e seu sistema de sinais foi criado baseado numa língua que seus alunos já utilizavam.
Já nos Estados Unidos, o trabalho de Thomas Hopkins Gallaudet e Laurent Clerc são os mais reconhecidos. Juntos, eles fundaram em 1817 a primeira escola norte-americana permanente para surdos.
Quando o Brasil reconheceu a língua brasileira de sinais?
A Língua Brasileira de Sinais foi oficialmente reconhecida pelo Brasil em 24 de abril de 2002, através da Lei nº 10.436. Essa lei declara que:
Libras é uma forma de comunicação e expressão, com estrutura gramatical própria, constituindo um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundo de comunidades de pessoas surdas no Brasil.
Alguns anos depois, em 22 de dezembro de 2005, o Decreto nº 5.626 foi promulgado para regulamentar a Lei nº 10.436/2002, detalhando as medidas necessárias para a implementação do ensino e uso da Libras, incluindo a formação de profissionais e a acessibilidade em serviços públicos.
Então, agora que você já sabe o que significa Libras e como ela surgiu, vamos entender melhor outras questões sobre o tema.
Língua de Sinais ou Linguagem de Sinais?
Linguagem de Sinais não está certo! Libras é uma Língua de Sinais. Mas por que está errado usar a palavra linguagem? Vamos entender primeiro o significado de cada termo:
Linguagem é “qualquer meio sistemático de comunicar ideias ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc.”.
Nesse sentido, até uma placa ou um assobio podem ser percebidos como uma linguagem, não há regras, nem normas. Mas é possível utilizar a linguagem como uma expressão de comunicação.
Por outro lado, uma Língua é um “sistema de representação constituído por palavras e por regras que as combinam em frases que os indivíduos de uma comunidade linguística usam como principal meio de comunicação e de expressão, falado ou escrito”.
Assim, Libras é uma Língua, composta por um conjunto de regras próprias, que incluem além dos gestos, regras gramaticais, expressões corporais e faciais e outras especificações próprias de um idioma.
Se você aprender o sinal de cada palavra da Língua Portuguesa e for sinalizar assim como costumamos falar, por exemplo, dificilmente uma pessoa que se comunica em Libras irá entender com clareza.
Há diferenças nas construções de frases, no uso das palavras, nas expressões faciais e corporais, etc. Assim como acontece no Inglês e no Espanhol.
Como aprender Libras?
Aprender Libras exige tempo e prática, assim como acontece para qualquer idioma. Uma boa forma de começar é aprendendo o alfabeto em Libras para pelo menos tentar se comunicar soletrando palavras.
No entanto, a melhor maneira de aprender Libras é buscando um curso de Libras, estudando e praticando! Algumas dicas podem ajudar:
- Busque um curso de Libras, pelo menos introdutório, para aprender o básico;
- Pratique os sinais e as expressões faciais, lembre-se que Libras é uma Língua espaço-visual, portanto, além dos gestos, a expressão facial e corporal é fundamental para melhorar a compreensão da pessoa com a qual você está se comunicando;
- Use aplicativos e ferramentas que potencializem seus estudos e aprendizados. O que mais recomendo é o Hand Talk, pois além de diversos conteúdos e materiais gratuitos, possui um assistente virtual que te ajuda tanto na sinalização, quanto na compreensão da Libras.
O que se aprende em Libras?
Por ser uma língua completa, o que se aprende em Libras vai desde o alfabeto, até as palavras e formas de construir frases e se comunicar por meio da Língua de Sinais.
Dessa forma, se você quer aprender a Língua de Sinais Brasileira, a melhor maneira de começar é buscando um curso de Libras, como veremos a seguir.
Curso de Libras: onde fazer?
É possível encontrar cursos de Libras introdutórios de forma gratuita em diversas instituições pelo Brasil. Elas são boas opções para sair do zero conhecimento e tentar pelo menos aprender sobre a base de Libras, como o alfabeto em Libras, os números em Libras, etc.
O Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) disponibiliza um curso de Libras gratuito com 5 módulos para pessoas surdas e não-surdas. Assim, é possível aprofundar os conhecimentos básicos da Língua de Sinais e possibilitar a comunicação básica na Língua Brasileira de Sinais.
Para participar do curso, é preciso ter mais de 14 anos, ser alfabetizado, querer aprender Libras e ter disponibilidade para as aulas, que acontecem 1 vez por semana com duração de 3 horas de forma presencial (na sede do Ines, no Rio de Janeiro) ou online (EAD).
Ao término de cada semestre/módulo (de 50 horas), o aluno aprovado recebe um certificado de conclusão e pode avançar para o próximo módulo. Mas também é possível fazer o teste de nivelamento, caso já tenha algum conhecimento em Língua de Sinais.
Como ser intérprete de libras?
Para quem quer atuar como intérprete de Libras, além do domínio da Língua de Sinais, é necessário fazer um curso de graduação em Letras/Libras (bacharelado ou licenciatura) disponível em instituições de ensino superior como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Qual o dia nacional da língua brasileira de sinais?
O dia nacional da língua brasileira de sinais é celebrado em 24 de abril, data que foi promulgada a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que regulamenta o uso da Libras no Brasil.
Língua de Sinais nos cursos da Gran Faculdade
A Gran Faculdade é uma instituição de ensino superior reconhecida com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC), que preza pela excelência no ensino sem abrir mão de mensalidades acessíveis.
Todos os cursos de graduação EAD da Gran Faculdade possuem a disciplina optativa de Libras, com um curso de introdução básica à Língua de Sinais brasileira.
Dessa forma, você conclui seus estudos mais preparado(a) para um mercado de trabalho plural e inclusivo. Afinal, o Brasil possui cerca de 10 milhões de pessoas surdas ou com deficiência auditiva e essa língua é utilizada por muitas delas para a comunicação cotidiana.
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