Transtorno de Espectro Autista (TEA): saiba mais!

Mais do que um diagnóstico, o autismo é uma forma diferente de perceber e interagir com o mundo

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A discussão sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem ganhado cada vez mais espaço na sociedade, promovendo uma necessária conscientização sobre as diferentes formas de desenvolvimento humano. Entender o que é o autismo, seus sinais e, principalmente, as melhores formas de apoio é fundamental não apenas para familiares e profissionais, mas para todos que desejam construir um mundo mais acolhedor e inclusivo.

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O que é Transtorno do Espectro Autista (TEA)?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por desafios em duas áreas principais.

O termo “espectro” é usado porque o autismo se manifesta de maneiras muito diferentes em cada indivíduo, com uma vasta gama de habilidades e níveis de necessidade de suporte. Veja:

Comunicação e interação social

Dificuldades em iniciar e manter conversas, entender sinais não verbais (como expressões faciais e linguagem corporal) e em compartilhar interesses e emoções;

Padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos

Pode incluir movimentos repetitivos (como balançar as mãos), forte aderência a rotinas, interesses intensos e focados em temas específicos e sensibilidade sensorial (hipo ou hipersensibilidade a sons, luzes, texturas).

O que é a neurodiversidade e como ela se relaciona com o autismo?

A neurodiversidade é um conceito que propõe que as variações no funcionamento neurológico humano (como autismo, TDAH, dislexia) não são “doenças” ou “falhas”, mas sim diferenças naturais e valiosas da cognição humana.

Dentro dessa perspectiva, o autismo não é visto como um transtorno a ser “curado”, mas como uma forma de neurodivergência. Essa abordagem combate o estigma e promove a inclusão, focando em oferecer o suporte necessário para que a pessoa neurodivergente possa prosperar, em vez de tentar “normalizá-la”.

Quais são os principais sinais e sintomas do TEA em crianças?

Os sinais do TEA geralmente aparecem na primeira infância. Alguns dos mais comuns incluem:

  • Pouco contato visual;
  • Atraso no desenvolvimento da fala ou não falar;
  • Repetir palavras ou frases (ecolalia);
  • Dificuldade em participar de brincadeiras de faz de conta;
  • Brincar com objetos de forma incomum (enfileirar, girar);
  • Forte necessidade de rotinas e grande sofrimento com pequenas mudanças;
  • Intenso interesse por assuntos específicos (dinossauros, trens, etc.);
  • Reações fortes a determinados sons, luzes ou texturas.

Como é feito o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista?

O diagnóstico do TEA é clínico, ou seja, não existe um exame de sangue ou de imagem que o confirme. Ele é realizado por uma equipe multidisciplinar (geralmente com neuropediatra, psicólogo e fonoaudiólogo) através de:

  • Entrevistas detalhadas com os pais ou cuidadores sobre o histórico de desenvolvimento da criança;
  • Observação direta do comportamento e da interação da criança;
  • Aplicação de escalas e protocolos padronizados de avaliação.

Quais são as terapias e tratamentos para o TEA?

Não há “cura” para o autismo, mas intervenções terapêuticas baseadas em evidências podem melhorar significativamente a qualidade de vida e o desenvolvimento da pessoa. As mais recomendadas são:

  • Análise do comportamento aplicada (ABA): uma abordagem terapêutica que utiliza os princípios do aprendizado para desenvolver habilidades sociais, de comunicação e de autonomia;
  • Fonoaudiologia: para trabalhar o desenvolvimento da fala e da comunicação;
  • Terapia ocupacional: para ajudar com a integração sensorial, as habilidades motoras finas e as atividades da vida diária.

Quais os direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista?

No Brasil, a principal legislação é a Lei nº 12.764/2012 (Lei Berenice Piana), que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Para todos os efeitos legais, essa lei determina que a pessoa com TEA é considerada uma pessoa com deficiência. Isso garante direitos como:

  • Acesso a diagnóstico e tratamento pelo SUS;
  • Direito a um acompanhante especializado em sala de aula na rede regular de ensino;
  • Acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), se a família for de baixa renda;
  • Direito a atendimento prioritário em serviços públicos e privados.

Como lidar com o TEA em sala de aula?

O papel da escola é criar um ambiente inclusivo e adaptado. Algumas estratégias eficazes são:

  • Criar rotinas previsíveis: use quadros visuais para mostrar a sequência de atividades do dia;
  • Usar comunicação clara e direta: evite ironias e linguagem figurada. Dê instruções curtas e objetivas;
  • Adaptar o ambiente: reduza estímulos sensoriais excessivos (luzes fortes, barulhos altos) e ofereça um espaço calmo para a criança se regular quando necessário;
  • Utilizar os hiperfocos: incorpore os interesses intensos da criança nas atividades pedagógicas para aumentar o engajamento.

Qual a diferença entre autismo leve, moderado e severo?

O diagnóstico moderno, baseado no DSM-5, abandonou esses termos e adotou os “Níveis de Suporte”, que descrevem melhor as necessidades do indivíduo:

Nível 1 – “Exigindo apoio”:

São pessoas que têm dificuldades na comunicação social, mas que, com suporte, conseguem se engajar. Os comportamentos restritivos causam interferência no dia a dia. É o que antigamente era chamado de autismo “leve” ou Asperger;

Nível 2 – “Exigindo apoio substancial”

Déficits mais acentuados na comunicação verbal e não verbal, com interesses e comportamentos repetitivos mais óbvios e que interferem no funcionamento diário;

Nível 3 – “Exigindo apoio muito substancial”

Déficits severos na comunicação, com mínima interação social. Comportamentos repetitivos e restritos que interferem marcadamente em todas as áreas da vida.

Apoiar e educar pessoas com TEA exige conhecimento especializado. É por isso que cursos de pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva ou Neuropsicopedagogia, como os oferecidos pela Gran Faculdade, são essenciais. Eles capacitam educadores, psicólogos e profissionais da saúde com as ferramentas e as estratégias baseadas em evidências para promover o desenvolvimento e a inclusão de todos os alunos.

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