Vigilância Epidemiológica: o que é? Conheça a nova pós!

A Gran Faculdade acaba de lançar o novo curso de pós-graduação em Vigilância Epidemiológica, área profissional muito valorizada no campo da saúde. Veja!

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4 min. de leitura

A pandemia trouxe novos grandes desafios para a saúde pública e a Vigilância Epidemiológica se fortaleceu ainda mais. Além de Covid-19, diversas outras doenças potenciais que já conhecemos também são monitoradas por profissionais da saúde e controladas diariamente.

Saiba mais sobre esse campo de atuação ao longo do artigo ou navegue pelo índice:

O que é vigilância epidemiológica?

A Vigilância Epidemiológica consiste em um conjunto de atividades voltadas para monitoramento de doenças de alta transmissão. Ou seja, o foco dessa área é evitar que qualquer tipo de patologia altamente contagiosa se espalhe na população.

Tudo depende do impacto que determinadas doenças podem causar em um determinado contexto social. Dessa forma, epidemias podem ser locais e variar de acordo com a época do ano e a região onde está acontecendo.

Conceito de vigilância epidemiológica

Segundo a Fundação Ezequiel Dias (Funed MG):

A Vigilância Epidemiológica é definida por um conjunto de ações que promovem a detecção e prevenção de doenças e agravos transmissíveis à saúde e seus fatores de risco, tendo como objetivo principal fornecer orientação técnica permanente para os profissionais de saúde.

Como surgiu a vigilância epidemiológica?

A vigilância epidemiológica em certa medida sempre existiu, principalmente com os diversos avanços médicos do século 20. A ideia sempre foi controlar doenças que têm alto impacto e contaminação, mas as técnicas e as doenças monitoradas foram se ampliando de acordo com o contexto e realidade.

Em geral, a área se fortaleceu na década de 1960 com a “campanha de erradicação da varíola”, e o incentivo a criação de Sistemas de Vigilância Epidemiológica pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Quais são as doenças epidemiológicas?

As doenças epidemiológicas podem variar de acordo com o contexto e outros fatores sazonais como clima, questões de saneamento, fauna, flora e tantos outros quesitos biológicos. 

O Covid-19 foi uma nova doença que surgiu e se tornou um alvo da vigilância epidemiológica, assim como a Monkeypox, que recentemente também chamou atenção dos profissionais da saúde. 

Todavia, outras diversas patologias também são monitoradas e buscam-se os controles como dengue, sarampo, coqueluche e muitas outras. A questão é que algumas doenças estão mais controladas que outras, novas podem surgir e é nesse quesito que a vigilância epidemiológica se faz tão importante.

Qual o objetivo da vigilância epidemiológica?

Em geral, o objetivo da vigilância epidemiológica é garantir que patologias, doenças, infecções e outros fatores de risco biológico altamente contagiosos e transmissíveis se espalhem para a população, seres vivos em geral e meio ambiente. O foco é monitorar, controlar e prevenir esse tipo de risco.

Funções da vigilância epidemiológica

As principais funções da vigilância epidemiológica são:

  • Monitorar riscos de transmissão já conhecidos;
  • Identificar e estar atento ao surgimento de novos perigos biológicos;
  • Prevenir transmissão de doenças e epidemias;
  • Estimular e incentivar a prevenção e práticas de saúde;
  • Analisar dados e produzir relatórios referentes e epidemiologia;
  • Pesquisa e desenvolvimento de novas medicações e métodos de cuidado.

Quais são as principais doenças que a Vigilância Epidemiológica monitora?

A Fundação Nacional de Saúde elenca as seguintes principais doenças epidemiológicas:

  • Poliomielite;
  • Difteria;
  • Tétanos neonatal e acidental;
  • Coqueluche;
  • Sarampo; 
  • Rubéola congênita; 
  • Hepatites virais;
  • Febre amarela; 
  • Raiva; 
  • Tuberculose;
  • Hanseníase;
  • Febre tifóide;
  • Covid-19;
  • Dengue e muitas outras!

Quais os tipos de dados utilizados pela Vigilância Epidemiológica?

Diversos tipos de dados são utilizados pela vigilância epidemiológica:

  • Dados Quantitativos: analisando questões numéricas como quantidade de casos, nível de gravidade, uso de medicamentos, custos e todo tipo de informação que possa medir em números o impacto de uma epidemia.
  • Dados Qualitativos: aqui são levadas em consideração questões sociais como atividades educacionais sobre doenças, nível de escolaridade da população, fatores específicos locais e outros tipos de dados sociais.

Quais os órgãos que compõem o sistema de Vigilância Epidemiológica?

Segundo o Decreto N. 78.231, de 12 de agosto de 1976, que regulamenta a criação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, compõem o sistema:

  • Órgão Central: aquele mantido pelo Ministério da Saúde, através da Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística da Saúde; 
  • Órgãos Regionais: aqueles mantidos pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios Federais, através de órgãos específicos de Epidemiologia integrantes de suas respectivas estruturas;
  • Órgãos Micro-Regionais: aqueles mantidos pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, quando houver regionalização administrativa das primeiras; 
  • Unidade de Vigilância Epidemiológica (UVE): aquela componente de órgão local de saúde indicado pela Secretaria de Saúde das Unidades Federadas, dentre os estabelecimentos de saúde instalados no âmbito de seus respectivos territórios, e reconhecidos pelo Ministério da Saúde;

Qual a diferença de vigilância sanitária e epidemiológica?

A principal diferença de vigilância sanitária e epidemiológica está no seu foco de atuação:

  • Vigilância Sanitária: busca investigar questões relacionadas à higiene, produção e conservação na produção, manutenção ou oferta de um produto ou serviço.
  • Vigilância Epidemiológica: trata sobre fatores de risco biológico e transmissão de doenças.

Onde atua a vigilância epidemiológica?

A vigilância epidemiológica atua em diversos órgãos públicos de saúde, bem como na iniciativa privada e terceiro setor. Isso acontece porque diversos setores da sociedade podem estar envolvidos na prevenção e controle de doenças em alguma medida. Veja:

  • Ministério da Saúde;
  • Secretarias estaduais e municipais de saúde;
  • Hospitais públicos e privados;
  • Laboratórios públicos e privados;
  • Farmacêuticas;
  • Instituições relacionadas ao meio ambiente;
  • Empresas químicas;
  • ONGs de cuidado e saúde e outros.

Quem pode trabalhar na vigilância epidemiológica?

Em geral, pode trabalhar com vigilância epidemiológica qualquer profissional que esteja envolvido de alguma forma com esse tipo de atividade. Desde questões mais técnicas da área da saúde, até educadores e agentes de saúde de uma forma geral. Tudo depende da área de formação e do interesse profissional.

Todavia, é ideal que esse tipo de profissional possua uma pós-graduação na área. Isso garante um grau de especialização e maior preparo para atuar com mais propriedade na área, independentemente de que cargo ocupar.

Quais os profissionais que atuam na vigilância epidemiológica?

Diversos profissionais da saúde atuam na vigilância epidemiológica: dentistas, farmacêuticos, biólogos, médicos, enfermeiros, técnicos em saúde e tantos outros colaboradores envolvidos com questões sanitárias e patológicas. Inclusive, podemos considerar também técnicos administrativos, agentes de saúde e educadores em saúde relacionados à epidemiologia.

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O objetivo dessa formação é habilitar profissionais para que atuem propondo medidas para prevenção e controle de doenças e agravos. Os principais objetivos do curso são:

  • Capacitar profissionais como especialista em Vigilância Epidemiológica, em instituições públicas e privadas, propondo medidas para prevenção e controle de doenças e agravos;
  • Formar para compreender, realizar e aplicar estudos epidemiológicos;
  • Desenvolver habilidade para utilizar sistemas de saúde, avaliar e utilizar evidências em saúde;
  • Capacitar para produção e análise de boletins epidemiológicos e informes técnicos

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