Política Externa: o que é e como funciona? Entenda melhor!

A Política Externa é um assunto influente e bastante presente em nossos dias, entenda melhor sobre o assunto aqui!

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7 min. de leitura

A política externa define um conjunto de objetivos políticos que um determinado país almeja atingir em suas relações com os demais países do mundo. A política externa caracteriza-se como  uma política pública, ou seja, um conjunto definido de medidas, decisões e programas utilizados pelo governo de um país.

Se você tem interesse em atuar na área, o(a) profissional formado(a) em Relações Internacionais pode se tornar Diplomata e ocupar cargos como embaixador, cônsul e outro ligados diretamente à política externa. A remuneração é atrativa e atualmente, é uma carreira crescente no Brasil.

O bacharel em Relações Internacionais tem atuação na formulação de políticas externas e também em outras, como: geopolítica, relações comerciais entre países, economia mundial e outros.

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Acompanhe o post para saber mais ou navegue pelo índice:

O que é política Externa?

O mundo hoje conta mais de 190 países que se relacionam de forma planejada e pensada, de acordo com seus objetivos e interesses. Tal planejamento é chamado de Política Externa, que cria um conjunto definido de medidas, decisões e programas utilizados pelo governo de um país.

 Sendo assim, a Política Externa pode ter objetivos concretos, por exemplo, visando negociações ou acordos comerciais. Mas, pode também visar objetivos abstratos, como uma aproximação política e cultural, através de fóruns de diálogo e encontros simbólicos.

Se você tem interesse em atuar na área, tenha em mente que os principais responsáveis por trabalhar com questões e mediações externas no Brasil são os Diplomatas e o Ministério das Relações Exteriores. Eles(as) são os(as) profissionais que pensam, planejam e executam as ações do país no plano internacional. 

Qual a importância da Política Externa?

A Política Externa desempenha um papel crucial no mundo,sendo essencial para promover os interesses nacionais, garantir a segurança e o bem-estar de um país e moldar sua posição no cenário global.

É por meio dela que os países estabelecem relações diplomáticas, criam parcerias estratégicas, participam de negociações comerciais e exercem influência em questões de importância internacional.

Outros aspectos que refletem a influência da Política Externa no país, são:

  • Defesa da soberania: incentivam a garantia da segurança nacional e a prevenção de conflitos, através da busca de conciliação pacífica e da construção de alianças estratégicas;
  • Proteção de interesses econômicos: permite que um país resguarde seus interesses econômicos e  aumente suas oportunidades de comércio e investimento;
  • Abordagem de desafios global: países podem se envolver e buscar soluções para questões como as mudanças climáticas, a segurança cibernética e gestão de crises humanitárias.

A Política Externa é essencial para promover a ajuda entre os países e os estimularem a trabalhar em conjunto para enfrentar esses desafios complexos que ultrapassam fronteiras. 

Em suma, essa política é de extrema importância para os países, permitindo defender seus interesses, promover valores fundamentais, além de tratar desafios que afetam a humanidade como um todo. 

Política Externa Brasileira

Abordando agora a questão nacional, a Política Externa Brasileira é guiada por princípios inegociáveis como a defesa da paz, a não intervenção e a autodeterminação dos povos.

Tradicionalmente, o Brasil busca fortalecer sua posição como um país relevante no cenário mundial, promovendo o diálogo entre diferentes nações e o multilateralismo. O objetivo é fortalecer alianças e parcerias estratégicas.

O país também tem como prioridade a integração regional, participando de maneira ativa em organizações como o MERCOSUL e a UNASUL. A cooperação com países do Caribe e da América Latina é vista também como essencial para o desenvolvimento econômico e social da região.

Além disso, a Política Externa Brasileira se mostra empenhada em ampliar sua influência em instituições globais e defender interesses econômicos e ambientais em negociações internacionais. 

Não à toa, todos esses valores refletem o compromisso histórico do nosso país, e sua fama de pacificador e respeitador da soberania das nações são reconhecidos em grandes eventos de cooperação internacional, como o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

Desafios da Política Externa Brasileira

Em um cenário global cada vez mais complexo, o Brasil encontra como desafio articular posições que atendam tanto aos seus interesses quanto às expectativas da comunidade internacional, sobretudo nos assuntos que envolvem a América do Sul. 

A Política Externa Brasileira enfrenta também o desafio de equilibrar seus interesses econômicos com sua histórica posição de defensor de valores universais, como a paz e os direitos humanos, pois em um cenário cada vez mais permeado por conflitos violentos e uma consequente polarização, o poder de mediação exercido pelo Brasil pode ser comprometido 

Em resposta a esses desafios, o Brasil tem buscado, atualmente, conciliar seu desenvolvimento com diplomacia e sustentabilidade não apenas com a proteção dos seus recursos naturais,, mas também com uma postura amigável que ofereça benefícios para os envolvidos. O desafio é alcançar esse objetivo sem comprometer sua soberania ou seu crescimento econômico, mas há caminhos possíveis de superá-lo.

Como o Brasil desenvolve suas Relações Internacionais

Vimos até agora o que é a Política Externa e como a exercemos no Brasil. Agora, vamos saber um pouco mais sobre como essas iniciativas podem ser colocadas em prática!

Em suma, a Política Externa do Brasil reflete a posição do país como potência emergente, detentora de amplo território, com uma grande quantidade de recursos naturais e biodiversidade, economia pujante e população numerosa.

Para aumentar seus laços com os países em desenvolvimento na África, por exemplo, o Brasil se engaja também na diplomacia multilateral por meio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e das Nações Unidas. 

O Brasil  foi também um dos protagonistas  numa força multinacional de estabilização liderada pela ONU no Haiti em 2004. A missão foi amplamente reconhecida em território nacional e no âmbito internacional, e ajudou a promover a controle das tensões que aconteciam no país caribenho. 

Como visto anteriormente, o Brasil desenvolve suas Relações Internacionais sempre buscando resoluções de conflitos e optando pela paz, e soberania das nações, o que faz com que o país seja conhecido como forte elemento mediador em questões mundiais.

Política Externa Independente: o que é?

Abordando agora uma temática num contexto mais histórico do nosso país, vamos entender o que foi a Política Independente (PEI)? 

A PEI foi uma política estabelecida pelo Presidente Jânio Quadros no ano de 1961, que buscava a independência do Brasil frente aos blocos econômicos da Guerra Fria.

Assim, o intuito da PEI era enfraquecer a dependência do Brasil com os Estados Unidos (um dos blocos líderes da guerra), e criar relações com outros países para o desenvolvimento industrial nacional.

Os principais temas da Política Externa Independente eram: 

  • Universalismo: o Brasil procuraria laços com qualquer país, independente de ideologia;
  • Autodeterminação dos povos: isto é, o Brasil apoiava que cada povo tivesse o direito de realizar suas próprias escolhas sem intervenção externa.
  • Independência: ou seja, o Brasil deixaria de ser dependente do bloco capitalista, em especial dos Estados Unidos.

A partir da PEI, o Brasil passou a estreitar laços com países vizinhos da América Latina e países do bloco soviético – incluindo a União Soviética, bloco oposto aos Estados Unidos.

Essa iniciativa foi importante para o país, pois sua economia se viu diante de novas oportunidades de negociação, fugindo de uma posição centralizadora que poderia ter sido incitada por um dos dois blocos líderes da Guerra Fria. 

E o resultado é, que nesse período, houve uma crescente na industrialização brasileira, colocando-nos à frente de nossos vizinhos sul americanos.

A Política Externa Independente também teve participação importante na Constituição Federal de 1988, com itens como a autodeterminação dos povos, não intervenção e defesa da paz, como consta no artigo 4° da Constituição.

Quais são os tipos de Relações Internacionais? 

Como vimos ao longo do texto, as Relações Internacionais são o principal caminho para as pessoas que querem atuar no campo da Política Externa. Essas relações, por vezes, podem ser complexas e apresentar diversas faces de estudos, visto que existem diferentes teorias que buscam explicar as interações entre os Países no globo. 

Para compreender melhor os tipos de Relações Internacionais, conheça as três principais a seguir

  • Realismo: O Realismo é uma das teorias mais antigas e influentes, considera o Estado como o ator principal nas relações internacionais;
  • Liberalismo: Diferente do Realismo, o Liberalismo enfatiza a cooperação entre os Estados e a importância de instituições internacionais, para promover a paz e a prosperidade, intermediar conflitos e unir as empresas nesse papel também;
  • Construtivismo: O Construtivismo é uma teoria mais recente, argumenta que a realidade internacional não é fixa, e sim socialmente construída. As normas e as ideias moldam as ações dos Estados e os outros participantes da Política Exterior.

Estas  3 teorias oferecem perspectivas distintas sobre a natureza da política internacional. Cada um desses pensamentos contribui para uma melhor compreensão sobre as Relações Internacionais e o comportamento dos países. 

Quais são os principais objetivos das Organizações Internacionais?

As organizações internacionais são formadas por países para promover a colaboração em diversas áreas, englobando comércio, segurança, saúde e direitos humanos. Os principais objetivos são:

  • Estabelecer políticas de colaboração técnica e científica;
  • Buscar soluções em comum para resolver conflitos e a implementação de políticas globais;
  • Promover a colaboração entre os países membros para resolver problemas comuns;
  • Facilitar a negociação de tratados, a resolução de conflitos e a implementação de políticas globais;
  • Obter e sustentar a paz.

Alguns exemplos de organizações internacionais são a Organização das Nações Unidas(ONU), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Mundial do Comércio (OMC).

Quem participa das Relações Internacionais?

Como vimos anteriormente,um dos principais  órgãos responsáveis pela Política Externa e as Relações Internacionais de um país, é o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Já entre os atores internacionais, se destacam os Estados, as empresas transnacionais, as organizações internacionais e as organizações não-governamentais. 

O Diplomata é o principal mediador dessas relações, defendendo o interesse de seu país, mas sem ferir os direitos dos demais territórios. Podendo atuar em embaixadas, consulados  e no MRE.

Como trabalhar com Política Externa?

Atualmente, a maioria dos empregadores dos profissionais de Relações Internacionais são organizações privadas, podendo ser nacionais, internacionais ou multinacionais. Nessas, o profissional pode atuar:

  • No comércio exterior;
  • Em atividades de importação e exportação;
  • Direito Internacional;
  • Na defesa de direitos e deveres de governos e empresas e outros.

Para quem tem interesse em atuar na área de Direitos Humanos e Educação, também há oportunidades em organismos internacionais de atuação global, como a ONU e a Unesco. 

Importante ressaltar que para atuar na esfera pública, o ingresso se dá por concurso público. O profissional pode atuar em funções de níveis operacionais e táticos em:

  • Governos;
  • Embaixadas e consulados;
  • Ministérios de Relações Internacionais e em seus escritórios regionais, tanto no Brasil quanto ao redor do mundo.

Relações Internacionais Salário

No que se refere à remuneração, a carreira nas Relações Internacionais é bastante atrativa. Os salários variam de acordo com alguns fatores, como o porte do empregador, nível hierárquico da vaga e outros. 

A média salarial é de R$4 mil e os cargos mais táticos como os relacionados ao Comércio Exterior podem chegar a R$9 mil. Há dados que informam remunerações de R$12 mil para funções governamentais estratégicas e R$19 mil para atuação inicial na diplomacia nacional.

Faculdade de Relações Internacionais

A graduação em Relações Internacionais da Gran Faculdade é um curso com 4 anos e aborda, principalmente, a compreensão de questões políticas, econômicas e sociais, planejamento estratégico e tomada de decisões. 

Ao formar-se no curso de Relações Internacionais da Gran Faculdade, você terá um perfil multidisciplinar capaz de prestar consultoria e assessoria em organizações privadas, públicas, multilaterais, internacionais e entre outros!

O curso ainda oferece ferramentas e suporte teórico-prático para a formação e a adequação do perfil profissional esperado nas relações internacionais amplas e no comércio exterior.

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