O etarismo, também conhecido como ageísmo, é o preconceito, a estereotipação e a discriminação baseados na idade de um indivíduo. Embora possa afetar pessoas mais jovens, ele se manifesta de forma mais severa contra os idosos, criando barreiras que dificultam o acesso ao mercado de trabalho, à saúde e à plena participação na vida social.
Neste artigo, vamos saber como esse fenômeno se enraizou em nossa cultura e quais são os danos reais que ele causa na autoestima e na economia. Continue a leitura para entender como identificar comportamentos etaristas e descubra estratégias práticas para combater esse preconceito em todos os ambientes.
Navegue pelo índice se preferir:
- Etarismo: o que é?
- Quais são as causas do preconceito de idade na sociedade moderna?
- Quais as principais formas de etarismo?
- Como o etarismo se manifesta no mercado de trabalho?
- Quais os impactos psicológicos para quem sofre etarismo?
- Etarismo com jovens
- O que a lei diz sobre a discriminação por idade?
- Como combater o etarismo e promover a diversidade?
Etarismo: o que é?
O etarismo é um termo que define qualquer atitude discriminatória contra pessoas ou grupos baseada exclusivamente na idade. Ele se sustenta em estereótipos que ditam como alguém “deveria” se comportar, o que “poderia” aprender ou qual o seu valor para a sociedade apenas contando os anos de vida.
Diferente de outros preconceitos, o etarismo é muitas vezes “silencioso” e aceito socialmente em forma de piadas ou comentários sobre a aparência e a agilidade mental.
É uma barreira cultural que ignora a individualidade e a trajetória de cada pessoa, tratando o envelhecimento ou a juventude como um problema a ser escondido ou evitado, em vez de uma fase natural do desenvolvimento humano.
Quais são as causas do preconceito de idade na sociedade moderna?
Uma das principais causas do etarismo é o culto à juventude promovido pela cultura de consumo e pela mídia. Vivemos em uma sociedade que associa o “novo” ao que é melhor, mais eficiente e esteticamente superior.
Essa mentalidade cria uma pressão invisível para que as pessoas tentem esconder os sinais do tempo, tratando o envelhecimento não como uma conquista ou acúmulo de sabedoria, mas como algo que precisa ser “consertado” ou evitado a todo custo.
Além disso, a lógica da produtividade imediata reforça esse preconceito. Existe um mito de que apenas os jovens são capazes de inovar e acompanhar o ritmo acelerado das transformações tecnológicas.
Esse pensamento ignora que a experiência e a visão estratégica, adquiridas apenas com o tempo, são pilares fundamentais para a solução de problemas complexos que a energia da juventude, sozinha, nem sempre consegue resolver.
Outras causas importantes incluem:
- Medo da própria finitude: Muitas pessoas praticam o etarismo como uma forma de negação do próprio envelhecimento e da mortalidade. Afastar-se ou desvalorizar o idoso é uma tentativa inconsciente de se distanciar do futuro que todos compartilharemos;
- Falta de contato intergeracional: Com as famílias morando em núcleos cada vez menores e a segregação de espaços (escolas para jovens, asilos para idosos), as gerações convivem menos. Sem o convívio, os estereótipos ganham força e a empatia diminui;
- Digitalização acelerada: A percepção de que quem não nasceu na era digital é “tecnologicamente analfabeto” cria um abismo artificial que exclui pessoas experientes de diálogos e funções importantes na modernidade.
Quais as principais formas de etarismo?
O preconceito de idade pode se manifestar de três maneiras principais, dependendo de como ele é praticado e percebido. Entender essas camadas ajuda a identificar o problema em situações cotidianas que muitas vezes passam despercebidas:
- Etarismo Institucional: Ocorre em regras, políticas e normas de empresas ou do governo que limitam oportunidades com base na idade (como limites de idade para vagas que não exigem esforço físico extremo);
- Etarismo Interpessoal: Acontece nas interações sociais, através de falas condescendentes, exclusão de atividades sociais ou infantilização da pessoa idosa;
- Etarismo Autodirigido: É quando a própria pessoa internaliza o preconceito, acreditando que “está velha demais” para aprender algo novo, começar um projeto ou se vestir de determinada forma.
Como o etarismo se manifesta no mercado de trabalho?
No ambiente profissional, o etarismo é um dos obstáculos mais críticos. Ele se manifesta desde o processo de recrutamento, onde currículos de pessoas acima de 45 ou 50 anos são descartados automaticamente, até a falta de investimentos em treinamentos para colaboradores mais experientes, sob a falsa premissa de que eles não conseguem lidar com novas tecnologias.
Além da exclusão na contratação, o preconceito aparece na “promoção invisível”, onde profissionais mais velhos são preteridos por cargos de liderança em favor de jovens, mesmo possuindo maior bagagem emocional e técnica.
Essa cultura gera um desperdício imenso de capital intelectual e prejudica a produtividade das empresas, que perdem a visão estratégica de quem já viveu diferentes ciclos econômicos.
Quais os impactos psicológicos para quem sofre etarismo?
Os danos causados pela discriminação de idade vão muito além do aspecto financeiro. Ser constantemente lembrado de que você é “inválido” ou “ultrapassado” gera um processo de isolamento social. A pessoa passa a se sentir um peso para a família e para a sociedade, o que é um gatilho direto para quadros graves de depressão e ansiedade.
Além disso, estudos apontam que o etarismo pode impactar a saúde física. Pessoas que internalizam visões negativas sobre o envelhecimento tendem a viver menos e a ter uma recuperação mais lenta de doenças.
Isso ocorre porque o estresse crônico causado pela exclusão enfraquece o sistema imunológico e retira o senso de propósito, fundamental para a longevidade saudável.
Etarismo com jovens
Embora o foco seja frequentemente nos mais velhos, o etarismo também atinge os jovens através do “ageísmo reverso”.
Isso acontece quando profissionais talentosos são desqualificados ou recebem salários muito inferiores apenas por serem novos demais, sob o argumento de “falta de experiência”, mesmo quando demonstram competência técnica superior para a função.
Essa forma de preconceito gera frustração e pode travar carreiras promissoras. O jovem é visto como alguém impulsivo, pouco comprometido ou tecnicamente imaturo, ignorando-se sua capacidade de inovação e sua facilidade com novas metodologias.
Combater o etarismo significa, portanto, avaliar as pessoas pelas suas entregas e competências, e não pela data de nascimento.
O que a lei diz sobre a discriminação por idade?
No Brasil, a principal ferramenta de proteção é o Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741/2003). Ele estabelece que é crime discriminar a pessoa idosa em qualquer situação, especialmente impedindo o acesso a cargos públicos ou dificultando o exercício de profissões por motivo de idade. A pena pode variar de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.
Além do Estatuto, a Constituição Federal de 1988 proíbe qualquer forma de discriminação e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) veda a exigência de idade máxima em anúncios de emprego, exceto quando a natureza do cargo assim o exigir de forma técnica e fundamentada.
Conhecer esses direitos é o primeiro passo para denunciar e coibir abusos em processos seletivos e no dia a dia corporativo.
Como combater o etarismo e promover a diversidade?
Combater o etarismo exige uma mudança de mentalidade individual e coletiva. O primeiro passo é o letramento: reconhecer nossos próprios vieses inconscientes e parar de reproduzir frases que reforçam o preconceito.
No ambiente corporativo, a implementação de grupos de afinidade geracional é uma estratégia eficaz para aproximar diferentes idades.
Algumas ações práticas incluem:
- Mentorias Reversas: Colocar o jovem para ensinar ferramentas digitais ao mais velho, enquanto o sênior compartilha inteligência emocional e gestão de crises com o jovem;
- Cegueira de Idade no RH: Ocultar a idade e o ano de formação nos currículos durante as fases iniciais de seleção, focando apenas nas habilidades e conquistas;
- Valorização da Experiência: Campanhas internas que mostrem histórias de sucesso de colaboradores de todas as idades, combatendo o mito de que inovação é exclusividade da juventude.
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