Logística Reversa: o que é, exemplos e como funciona?

Entenda mais sobre o processo de Logística Reversa!

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7 min. de leitura

Logística Reversa é o nome dado ao processo em que um produto volta do consumidor ao fabricante de forma sustentável, seja para reciclagem, reuso ou descarte adequado. 

No mercado de trabalho, a demanda por profissionais qualificados para atuar com Logística Reversa tem aumentado e vale a pena conferir como se especializar para trabalhar com isso. 

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Então, vamos lá, se preferir, navegue pelo índice abaixo:

O que é Logística Reversa?

Logística Reversa, como o próprio nome sugere, é o processo logístico de retorno de um produto e/ou material após seu consumo ou término da sua vida útil. 

Assim, a Logística Reversa é um movimento em que o descarte do produto é feito retornando sua embalagem ou sobra (após o vencimento, por exemplo) para a própria fabricante. 

A fabricante, por sua vez, fica responsável pela destinação adequada de forma mais sustentável, seja para a reciclagem ou outras possibilidades, como veremos ao longo do texto. 

Como surgiu a Logística Reversa?

A Logística Reversa é resultado do processo de industrialização de países que tiveram um acelerado desenvolvimento no século passado.

Os primeiros estudos relacionados com a área têm origem nas décadas de 1970 e 1980, na Europa. É interessante observar que o procedimento regulatório surge na Alemanha em 1991, com a primeira legislação tratando do assunto.

O país, que desde a Primeira Guerra é uma potência industrial, emerge anos depois também como marco para a organização da cadeia de suprimentos, sendo exemplo para outras nações.

Dessa forma, com a necessidade de reaproveitar materiais para produzir novos insumos e otimizar o fluxo de produção, surge a necessidade da criação da Logística Reversa.

Qual a importância da Logística Reversa?

Podemos destacar a importância da Logística Reversa em três principais frentes:

  • Redução do impacto ambiental, promovendo práticas sustentáveis de gestão de resíduos e minimizando a poluição causada pelo descarte inadequado de produtos e materiais;
  • Economia de recursos naturais e financeiros, pela reutilização de materiais e a recuperação de valor de produtos que seriam descartados;
  • Fortalecimento da marca, demonstrando compromisso com a responsabilidade ambiental para a sociedade. 

Como funciona a Logística Reversa?

Assim como o processo da logística convencional direta, na Logística Reversa há uma série de processos e atividades para coletar, classificar, transportar, processar e distribuir produtos e materiais descartados de maneira eficiente e sustentável. 

Basicamente, para funcionar adequadamente, a Logística Reversa demanda uma integração na cadeia de suprimentos para o processo contrário ao da produção e distribuição do produto para consumo. 

Isso inclui:

  • Fabricantes;
  • Distribuidores;
  • Varejistas;
  • Prestadores de serviços logísticos;
  • Associações e empresas de reciclagem e sustentabilidade;
  • E, claro, os consumidores. 

A eficácia da Logística Reversa depende da implementação de sistemas e tecnologias adequadas, além do engajamento de todos os envolvidos em cada etapa do processo.

Tipos de Logística Reversa

Com o intuito de gerar menos impacto ao meio ambiente e até mesmo economizar dinheiro dos fabricantes, as práticas de Logística Reversa já são comuns em alguns setores.

Existem 3 tipos de Logística Reversa e elas são realizadas de acordo com a forma de descarte ou reutilização.

Confira abaixo quais são:

1. Logística reversa pós-venda


A logística reversa pós-venda é baseada na devolução de produtos que não atenderam as expectativas dos seus compradores. Este tipo é bastante comum em casos de compras realizadas pela internet. Podendo acontecer quando:

  • O pedido foi incorreto, diferente do selecionado pelo cliente;
  • O cliente se arrependeu de efetuar a compra;
  • O produto apresentou algum tipo de defeito.

Neste caso, a empresa precisa recuperar o produto fazendo o recolhimento. Geralmente, é oferecido ao cliente um código, para que o material seja enviado pelos Correios até o local onde fica o estoque ou até a sede da empresa.

2. Reuso

O reuso é um tipo de logística reversa bastante praticada no Brasil. A partir disso, a empresa consegue lucrar com a venda do resíduo, utilizando geralmente os leilões de resíduos.

    Na prática, materiais que podem ser descartados, como eletrônicos, eletrodomésticos, móveis e até mesmo veículos, podem ser leiloados pelos fabricantes.

    Essa proposta cria uma forma interessante de encaminhar produtos que estão estocados, para quem, de fato, tem interesse em adquiri-los. Além do mais, é uma forma de evitar o descarte incorreto de resíduos que ainda tem condições de uso.

    3. Logística reversa pós consumo

    A logística pós-consumo, talvez seja o sistema mais utilizado pelas empresas e mais conhecido por seus clientes. Essa prática, envolve o retorno de produtos vencidos, ou já consumidos para o fabricante.

      Um exemplo bastante comum é o envio de pneus. Esses produtos, após seu uso, são coletados e enviados para serem reaproveitados de outras maneiras e em outros processos.

      Através dos pneus, podem ser fabricados outros materiais extremamente úteis para a sociedade, como o asfalto.

      Dessa forma a empresa economiza dinheiro com a extração de recursos naturais, e os danos causados ao meio ambiente são reduzidos de maneira considerável.

      Quais as 4 etapas da Logística Reversa?

      As quatro etapas da Logística Reversa são:

      1. Coleta Reversa

      A coleta é a fase inicial do processo de Logística Reversa. Nela, as marcas recolhem ou oferecem pontos de coleta para os produtos e materiais a serem descartados. 

      Esta etapa pode acontecer em programas de devolução de produtos, pontos de coleta em estabelecimentos comerciais ou até mesmo serviços de coleta domiciliar.

      Para que essa etapa seja eficiente, é fundamental que haja:

      • Fácil acesso aos pontos de coleta;
      • Conscientização dos consumidores;
      • Fluxo de processos bem definido e colaboração de todos os envolvidos na cadeia de suprimentos.

      2. Triagem e Classificação

      Depois que os materiais e produtos são coletados, é feita a separação para a destinação final. 

      Os itens são classificados de acordo com a especificidade de cada processo, mas em síntese, são identificados para serem: reutilizados, reciclados, remanufaturados ou descartados de forma segura. 

      Essa triagem pode ser feita de forma manual ou automatizada, dependendo da complexidade e da variedade dos materiais envolvidos. 

      Esta etapa é fundamental para maximizar o valor dos produtos recuperados e minimizar o impacto ambiental dos resíduos.

      3. Processamento

      Depois da triagem, os produtos e materiais são processados ​​e preparados para a reintrodução na cadeia produtiva. Isso pode envolver diferentes atividades, como: limpeza, desmontagem, reparo, refabricação ou reciclagem. 

      O objetivo é recuperar o máximo de valor possível dos produtos descartados, seja por meio da reutilização de componentes, da fabricação de novos produtos a partir de materiais reciclados ou da obtenção de matéria-prima para uso em outros processos produtivos. 

      Essa etapa é essencial para garantir a viabilidade econômica da Logística Reversa.

      4. Redistribuição

      Finalizando o ciclo, a etapa da redistribuição consiste em disponibilizar os produtos e materiais processados novamente na cadeia produtiva. Isso pode incluir a venda de produtos remanufaturados ou reciclados, a utilização de materiais reciclados na fabricação de novos produtos, ou o retorno de componentes reutilizáveis ​​à cadeia de suprimentos para uso em novos produtos. 

      Uma redistribuição eficaz requer uma integração sólida com a cadeia de suprimentos convencional, garantindo que os produtos recuperados atendam aos padrões de qualidade e às demandas do mercado.

      Essas etapas representam um ciclo completo de gestão de produtos e materiais após o consumo, visando minimizar o desperdício, promover a sustentabilidade e maximizar o valor dos recursos disponíveis. 

      Logística Reversa exemplos

      Podemos exemplificar a Logística Reversa em alguns tipos:

      • Reciclagem de materiais: papel, plástico, vidro e metais são recicláveis. A logística reversa neste caso envolve a coleta desses materiais descartados, seu transporte para instalações de reciclagem e seu processamento para uso em novos produtos;
      • Reutilização: produtos como eletrônicos, eletrodomésticos e equipamentos industriais, podem ser recondicionados e revendidos após serem recuperados. A logística reversa aqui envolve a coleta desses produtos usados, sua inspeção, reparo e preparação para revenda;
      • Devolução de produtos: em muitos setores, como varejo e comércio eletrônico, a logística reversa é necessária para lidar com devoluções de produtos pelos clientes. Isso envolve o processo de retorno desses produtos aos locais de origem, inspeção para determinar sua condição e, em seguida, decidir se devem ser reembalados, recondicionados ou descartados da forma adequada;
      • Descarte de resíduos perigosos: produtos com substâncias perigosas, como baterias, produtos químicos e/ou farmacêuticos, requerem uma logística reversa especializada para garantir seu descarte adequado, evitando danos ao meio ambiente e à saúde pública; 
      • Remanufatura: os produtos são desmontados e seus componentes criam novos produtos. Por exemplo, no setor automotivo, peças remanufaturadas podem ser usadas em vez de novas. Isso reduz o impacto ambiental e barateia o processo. 

      Alguns exemplos de Logística Reversa que você pode já ter visto/utilizado:

      • Garrafas retornáveis para bebidas (com características diferentes para vidro, metal e plástico, mas amplas com cadeias de logística reversa); 
      • Descarte consciente de medicamentos vencidos ou inutilizados nas próprias farmácias que têm logística reversa para evitar a contaminação do solo e da água em outras formas de descarte inadequado (não jogar no lixo comum ou no vaso sanitário);
      • Maquiagem vencida e embalagens de cosméticos; 
      • Roupas e calçados em brechós, para reaproveitamento de peças, além de fomentar a economia circular;
      • Eletroeletrônicos em ações de descarte adequado, etc.

      Qual a diferença entre coleta seletiva e logística reversa?

      A coleta seletiva é uma prática de separação e recolhimento de resíduos para posterior reciclagem ou descarte adequado.

      Por outro lado, a Logística Reversa é uma abordagem mais abrangente, que engloba não apenas a coleta, mas também o transporte, processamento e reintrodução de produtos e materiais na cadeia produtiva. 

      A coleta seletiva é geralmente realizada por órgãos públicos ou empresas especializadas em gestão de resíduos. Já a Logística Reversa é uma estratégia empresarial mais ampla.

      Mas vale destacar que a coleta seletiva pode contribuir para a logística reversa e vice-versa. 

      Qual a diferença entre logística direta e logística reversa?

      A logística direta é o processo convencional de um produto desde a fabricação até a chegada ao consumidor final. Por outro lado, a Logística Reversa envolve o movimento inverso desses produtos, do consumidor de volta ao fabricante ou a outros pontos de origem, para recuperação, reciclagem ou descarte adequado. 

      Enquanto a logística direta visa atender à demanda do mercado, a Logística Reversa faz a gestão e o retorno eficiente de produtos e materiais após o consumo. 

      Ou seja, a diferença entre logística direta e logística reversa está na direção do fluxo de produtos na cadeia de suprimentos.

      Qual a importância da Logística Reversa para o meio ambiente?

      Ao longo do texto nós pudemos compreender que a Logística Reversa desempenha um papel importante na preservação do meio ambiente.

      Iniciativas como coleta seletiva do lixo e descarte adequado de itens tóxicos, por exemplo, promovem a reutilização e reciclagem adequada dos resíduos, diminuindo os riscos de contaminação e poluição.

      E não apenas isso. A Logística Reversa tem um papel educativo que incentiva comportamentos mais sustentáveis por parte dos consumidores. Ainda que não seja um hábito comum em muitos centros urbanos, é visto que existe um processo de conscientização crescente.

      Dessa forma, independente da Logística Reversa partir de uma indústria ou do desejo individual do consumidor em procurar formas sustentáveis de descarte, fazê-la é essencial para o uso consciente de recursos e a proteção do meio ambiente.

      Como trabalhar com Logística Reversa?

      Para trabalhar com Logística Reversa, é fundamental entender as práticas,  desenvolver parcerias com fornecedores, prestadores de serviços logísticos e empresas/associações de reciclagem. 

      O primeiro passo é desenhar o fluxo da cadeia da logística direta e reversa. Assim, será possível definir as etapas, responsáveis/envolvidos e ações para cada fase. 

      É importante também investir em tecnologias e sistemas de rastreamento e monitoramento que possibilitem o acompanhamento eficiente dos produtos ao longo de todo o processo reverso. 

      Além disso, é essencial conscientizar e engajar todos os envolvidos na cadeia de suprimentos, desde os fabricantes até os consumidores finais, sobre a importância da Logística Reversa para a sustentabilidade e vantagens desse processo para o comércio, as pessoas e o meio ambiente.

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