Se você anota tudo o que o professor fala, mas na hora de revisar se sente perdido em um monte de informações, o Método Cornell pode ser a solução. O Método consiste em uma forma simples e inteligente de organizar suas anotações para melhorar os seus estudos.
Essa técnica transforma uma folha de caderno em um bom acessório para resumir, revisar e memorizar o conteúdo de forma muito mais eficiente. Vamos te mostrar o passo a passo de como usar o Método Cornell para melhorar o seu aprendizado.
Acompanhe na íntegra, ou navegue pelo índice se preferir:
- Como funciona o Método Cornell passo a passo?
- Para que serve o Método Cornell?
- Quais as vantagens e desvantagens do Método Cornell?
- Como fazer o Método Cornell no caderno?
- Posso usar o Método Cornell para estudar exatas?
- Método Cornell ou Mapa Mental, qual o melhor?
Como funciona o Método Cornell passo a passo?
O Método Cornell é bem simples. A mágica do método está na forma como você divide a folha do seu caderno antes mesmo de começar a anotar. Confira o passo a passo;
- Divida a folha: pegue uma folha e faça um traço na horizontal na parte de baixo, com uns 5 ou 6 dedos de altura. Depois, faça um traço na vertical, criando uma coluna principal, mais larga, à direita, e uma coluna menor, à esquerda;
- Área de anotações (coluna principal, à direita): durante a aula ou a leitura, anote suas ideias principais aqui. Não precisa escrever tudo, foque nos pontos mais importantes, use abreviações e crie seus próprios símbolos;
- Coluna de pistas (à esquerda): logo depois da aula, revise suas anotações e, para cada ideia principal, escreva uma palavra-chave ou uma pergunta curta na coluna da esquerda. Essa coluna vai funcionar como um “índice” das suas anotações;
- Área de resumo (espaço de baixo): ainda no mesmo dia, olhe para suas anotações e resuma, com as suas próprias palavras, as ideias mais importantes daquela página no espaço que você deixou na parte de baixo. Esse é o passo mais importante para a memorização.
Para que serve o Método Cornell?
O Método Cornell serve para muito mais do que apenas anotar o que o professor fala. Ele foi criado para te ajudar a:
- Estudar de forma mais ativa: em vez de só transcrever o que é dito, o método te força a pensar sobre o conteúdo, a resumir e a criar perguntas;
- Facilitar a revisão: na hora de revisar, você pode cobrir a coluna principal e tentar lembrar do conteúdo apenas olhando as palavras-chave da coluna da esquerda. É um jeito rápido e eficiente de testar seu conhecimento;
- Memorizar o conteúdo: resumir com suas próprias palavras no final da página é um dos exercícios de memorização mais eficientes que existem;
- Manter suas anotações organizadas: chega de cadernos bagunçados! Com esse método, suas anotações ficam organizadas e fáceis de consultar.
Quais as vantagens e desvantagens do Método Cornell?
Como toda técnica, o Método Cornell tem seus pontos fortes e fracos. É bom conhecê-los para saber se ele se encaixa no seu estilo.
Vantagens:
- Organização: suas anotações ficam muito mais claras e fáceis de usar;
- Aprendizado direto: o método te tira da posição de ouvinte e te coloca como um participante direto do seu próprio aprendizado;
- Revisão otimizada: facilita muito o processo de revisar a matéria antes de uma prova;
- Melhora a retenção: ajuda a guardar o conteúdo na memória de longo prazo.
Desvantagens:
- Leva um pouco mais de tempo: exige que você dedique um tempo depois da aula para organizar as pistas e fazer o resumo;
- Não é ideal para todas as situações: em aulas muito rápidas ou com muito conteúdo visual (como gráficos e desenhos), pode ser difícil de aplicar em tempo real;
- Exige disciplina: você precisa criar o hábito de seguir os passos (principalmente o do resumo) para que o método funcione.
Como fazer o Método Cornell no caderno?
Fazer no caderno é o jeito clássico e mais fácil. Você só precisa de uma caneta e uma régua (ou pode fazer os traços à mão livre mesmo). Confira como fazer:
- Pegue uma folha do seu caderno;
- Com a régua, meça cerca de 5 cm da parte de baixo da folha e faça uma linha horizontal;
- Depois, meça cerca de 6 cm da margem esquerda e faça uma linha vertical, de cima até a linha horizontal que você acabou de fazer;
- Pronto! Você já tem as três áreas: a coluna maior à direita para as anotações, a coluna menor à esquerda para as pistas e o espaço de baixo para o resumo;
- A dica é já deixar várias folhas do seu caderno preparadas com essa divisão antes de ir para a aula.
Posso usar o Método Cornell para estudar exatas?
Sim, e ele funciona muito bem para isso. Para matérias como matemática, física ou química, você pode adaptar um pouco o uso das áreas. Saiba como:
- Na área de anotações (direita): coloque a resolução dos exercícios passo a passo, as fórmulas e os conceitos teóricos;
- Na coluna de pistas (esquerda): em vez de palavras-chave, você pode anotar o nome da fórmula (ex: “Fórmula de Bhaskara”), o tipo de problema (ex: “queda livre”) ou uma dica para resolver (ex: “lembrar de isolar o X”);
- Na área de resumo (embaixo): escreva um resumo do conceito por trás daquele cálculo. Por exemplo: “Nesta página, aprendi a usar a Segunda Lei de Newton para calcular a aceleração de um objeto a partir da força e da massa”.
Isso te ajuda a não apenas decorar as fórmulas, mas a entender quando e como usá-las
Método Cornell ou Mapa Mental, qual o melhor?
Não existe um melhor, eles são diferentes e tem propostas um pouco distintas. A escolha depende do seu objetivo e do seu estilo de aprendizado.
- Método Cornell: é excelente para anotar durante a aula e para criar um registro linear e organizado do conteúdo. Ele é ótimo para quem gosta de estrutura e de seguir uma sequência lógica;
- Mapa Mental: é útil para revisar e conectar ideias depois que você já teve o primeiro contato com a matéria. O mapa é ótimo para quem é mais visual e gosta de ver como os conceitos se ligam uns aos outros de forma não linear.
A melhor estratégia, na verdade, pode ser usar os dois juntos! Você pode usar o Método Cornell para fazer as anotações na aula e, na hora de revisar para a prova, transformar o resumo da parte de baixo em um mapa mental para conectar as ideias de várias aulas.
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