Neuropsicologia: conheça a área e como atuar!

Saiba o que é Nueropsicologia, como atuar na área e quando procurar esse tipo de profissional da saúde

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O cérebro humano é o órgão mais complexo que conhecemos, o centro de controle de nossos pensamentos, emoções e comportamentos. Mas o que acontece quando uma alteração em sua estrutura ou funcionamento afeta nossa capacidade de aprender, de lembrar ou de nos relacionar?

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É para responder a essa pergunta que existe a neuropsicologia, uma fascinante área da ciência que funciona como uma ponte entre a neurologia e a psicologia. Acompanhe para saber mais ou navegue pelo índice:

O que é neuropsicologia?

A neuropsicologia é uma especialidade da psicologia que estuda as relações entre o cérebro e o comportamento humano.

Seu principal objetivo é compreender como diferentes áreas e sistemas cerebrais se relacionam com nossas funções cognitivas (como atenção, memória, linguagem e raciocínio) e com nossas emoções e comportamentos.

Com isso, a área investiga tanto o desenvolvimento normal quanto os efeitos de lesões, doenças ou transtornos do neurodesenvolvimento sobre essas funções.

O que faz um neuropsicólogo?

O neuropsicólogo é o psicólogo que, após a graduação, realizou uma especialização na área de neuropsicologia. Sua principal atividade é a avaliação neuropsicológica, um processo detalhado de investigação das funções cognitivas e comportamentais do paciente. Com base nessa avaliação, ele pode:

  • Auxiliar no diagnóstico diferencial de transtornos e doenças;
  • Mapear os pontos fortes e fracos do perfil cognitivo de uma pessoa;
  • Planejar e executar programas de reabilitação neuropsicológica;
  • Orientar pacientes, familiares e escolas sobre as melhores formas de lidar com as dificuldades apresentadas.

O campo de atuação é vasto, e o neuropsicólogo pode trabalhar em diversos contextos:

  • Clínicas e consultórios: realizando avaliações e reabilitação de pacientes de todas as idades;
  • Hospitais: atuando em equipes multidisciplinares, avaliando pacientes que sofreram lesões cerebrais, como avc ou traumatismo craniano;
  • Instituições de longa permanência: trabalhando com idosos para diagnóstico e acompanhamento de quadros demenciais;
  • Área escolar: auxiliando no diagnóstico de transtornos de aprendizagem e orientando a equipe pedagógica;
  • Área forense (ou jurídica): emitindo laudos e pareceres para processos judiciais que envolvam a capacidade cognitiva de um indivíduo.

Como funciona a avaliação neuropsicológica?

A avaliação neuropsicológica é um processo investigativo completo, que geralmente segue estas etapas:

  1. Anamnese (entrevista inicial): uma conversa detalhada com o paciente e/ou familiares para coletar o histórico de vida, as queixas atuais e o desenvolvimento do problema;
  2. Testagem: aplicação de uma bateria de testes, escalas e tarefas padronizadas e validadas cientificamente para medir o desempenho de diversas funções cognitivas;
  3. Análise dos resultados: o neuropsicólogo corrige os testes, compara o desempenho do paciente com o esperado para sua idade e escolaridade e integra essas informações com os dados da entrevista;
  4. Elaboração do laudo: criação de um relatório detalhado com os resultados, as conclusões e as recomendações;
  5. Devolutiva: uma reunião de encerramento para explicar os resultados ao paciente e/ou familiares e entregar o laudo.

Quais são os principais testes e ferramentas usados na neuropsicologia?

O neuropsicólogo dispõe de uma vasta gama de instrumentos (de uso restrito a psicólogos) para avaliar as funções cognitivas. Eles se dividem em categorias, como:

  • Testes de atenção: para avaliar a capacidade de focar, sustentar ou dividir a atenção;
  • Testes de memória: para investigar a memória de curto e longo prazo, visual e verbal;
  • Testes de funções executivas: para analisar habilidades de planejamento, organização, tomada de decisão e controle inibitório;
  • Testes de linguagem: para avaliar a compreensão e a expressão oral e escrita;
  • Testes de habilidades visuoconstrutivas: para medir a capacidade de perceber e manipular informações espaciais.

Quais são as principais doenças ou transtornos que a neuropsicologia trata?

A neuropsicologia atua em uma ampla gama de condições, sendo as mais comuns:

  • Transtornos do neurodesenvolvimento: como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o transtorno do espectro autista (TEA) e os transtornos específicos de aprendizagem (dislexia, discalculia);
  • Lesões cerebrais adquiridas: como traumatismo cranioencefálico (TCE) e acidente vascular cerebral (AVC);
  • Demências e doenças neurodegenerativas: como a doença de alzheimer, a doença de parkinson e a demência frontotemporal;
  • Epilepsia e outros transtornos neurológicos.

Quando devo procurar um neuropsicólogo?

Um neuropsicólogo deve ser procurado sempre que houver suspeita de que dificuldades cognitivas ou comportamentais possam estar relacionadas a uma alteração no funcionamento cerebral. Alguns sinais de alerta são:

  • Dificuldades persistentes de memória ou atenção que atrapalham o dia a dia;
  • Queda no desempenho escolar ou profissional sem motivo aparente;
  • Mudanças de comportamento ou personalidade após um acidente ou doença neurológica;
  • Dificuldades de planejamento e organização que comprometem a autonomia;
  • Suspeita de TDAH, autismo ou dificuldades de aprendizagem.

Como é a reabilitação neuropsicológica?

A reabilitação neuropsicológica é um programa de intervenção terapêutica personalizado, planejado com base nos resultados da avaliação. O objetivo não é “curar” a lesão cerebral, mas sim ajudar o paciente a:

  • Restaurar funções: através de exercícios e treinamentos cognitivos específicos para estimular a função afetada;
  • Compensar dificuldades: ensinando o uso de estratégias e ferramentas externas (como agendas, aplicativos ou alarmes) para contornar os déficits;
  • Adaptar o ambiente: orientando a família e a escola/trabalho a fazerem adaptações que facilitem a vida do paciente.

Qual a diferença entre um neuropsicólogo e um psicólogo clínico?

Embora ambos sejam psicólogos, suas atuações e focos são diferentes.

  • Psicólogo clínico: foca primariamente em questões emocionais, comportamentais e de relacionamento, utilizando a psicoterapia como principal ferramenta de intervenção;
  • Neuropsicólogo: tem um foco especializado na relação cérebro-comportamento. Sua principal ferramenta é a avaliação neuropsicológica, com o uso de testes padronizados para medir as funções cognitivas e correlacioná-las com o funcionamento cerebral.

Para se tornar um neuropsicólogo, o profissional precisa, após a graduação em psicologia, realizar uma pós-graduação na área, como as oferecidas por instituições como a Gran Faculdade, que fornecem o conhecimento teórico e a supervisão prática exigidos pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) para a obtenção do título de especialista.

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