O BRICS representa um dos maiores blocos de poder da atualidade, unindo economias emergentes que buscam equilibrar a balança das decisões globais. O que começou como um termo para identificar mercados promissores, transformou-se em uma organização política com grande influência internacional.
Neste artigo, você vai descobrir o que é BRICS, quais são seus objetivos centrais e o que muda com a recente entrada de novos países membros. Continue a leitura para entender por que o BRICS é fundamental para o futuro da economia mundial e qual o papel do Brasil nesse cenário.
Navegue pelo índice se preferir:
- O que é BRICS?
- Como surgiu o BRICS?
- Quais são os principais objetivos econômicos e políticos do BRICS?
- Países membros: quem faz parte do BRICS e do novo BRICS+?
- O papel do Novo Banco de Desenvolvimento NDB para os países membros do BRICS
- A expansão do bloco: por que novos países decidiram aderir ao BRICS?
- Os desafios e o futuro do BRICS em um mundo multipolar
O que é BRICS?
O BRICS é um grupo político-econômico composto originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (daí o acrônimo). Diferente de um bloco comercial comum, como o Mercosul, ele funciona como uma plataforma de cooperação para fortalecer a voz dos países emergentes no cenário global.
Juntos, os membros originais e os novos aderentes representam uma parcela significativa da população mundial e do Produto Interno Bruto (PIB) global. O grupo atua para criar alternativas ao sistema financeiro tradicional, promovendo o desenvolvimento mútuo e a troca de tecnologias entre seus integrantes.
O poder do BRICS reside na sua capacidade de unir nações com diferentes culturas e sistemas políticos em torno de interesses econômicos comuns. Dessa forma, entender o que é BRICS nos permite compreender que esses países têm mais força para negociar em fóruns internacionais, como o G20 e a Organização das Nações Unidas (ONU).
Como surgiu o BRICS?
O termo surgiu originalmente em 2001, criado pelo economista Jim O’Neill, do banco Goldman Sachs, para identificar os países que dominariam a economia no século 21. Naquela época, o acrônimo era apenas “BRIC”, pois a África do Sul ainda não fazia parte das discussões iniciais do grupo.
O que era apenas um conceito econômico tornou-se uma realidade política em 2006, quando os ministros das relações exteriores dos quatro países começaram a se reunir. A primeira cúpula oficial de chefes de Estado ocorreu em 2009, em Ecaterimburgo, na Rússia, marcando o início da cooperação formalizada.
Em 2011, com a entrada da África do Sul, o grupo passou a utilizar a sigla atual e consolidou o que é BRICS por meio de cúpulas anuais. Desde então, o bloco deixou de ser apenas um grupo de “promessas econômicas” para se tornar um dos principais eixos de poder geopolítico do mundo contemporâneo.
Quais são os principais objetivos econômicos e políticos do BRICS?
O BRICS possui metas claras que visam reformar a arquitetura política e financeira global, muitas vezes considerada injusta ou centrada apenas nos interesses ocidentais. O grupo busca uma ordem mundial multipolar, onde o poder seja distribuído de forma mais equilibrada entre as nações.
Entre os principais objetivos do bloco, destacam-se:
- Cooperação Financeira: Criação de mecanismos de crédito e investimento que não dependam exclusivamente do Fundo Monetário Internacional (FMI);
- Desenvolvimento Sustentável: Apoio mútuo em projetos de infraestrutura, energia limpa e segurança alimentar entre os países membros;
- Reforma Institucional: Pressão por mudanças em órgãos internacionais para que os países emergentes tenham maior poder de voto e decisão;
- Segurança e Estabilidade: Coordenação de posições políticas em crises internacionais para evitar sanções unilaterais e promover a paz.
Países membros: quem faz parte do BRICS e do novo BRICS+?
Até 2023, o bloco era formado por cinco países fixos, mas a histórica cúpula na África do Sul aprovou a maior expansão da sua história. Com a chegada de novas nações, o grupo passou a ser frequentemente chamado de BRICS+, refletindo sua nova escala global.
Atualmente, os membros que compõem o grupo oficial são:
- Membros Originais: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul;
- Novos Membros (BRICS+): Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Indonésia.
- Observação: A Argentina chegou a ser convidada, mas o atual governo optou por não oficializar a entrada no bloco no momento.
A entrada desses novos integrantes, especialmente dos grandes produtores de petróleo do Oriente Médio, altera drasticamente o peso geopolítico do grupo. O BRICS+ agora controla uma parte importante das reservas globais de energia, aumentando seu poder de negociação frente às economias desenvolvidas.
O papel do Novo Banco de Desenvolvimento para os países membros do BRICS
Criado em 2014, o Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como o “Banco do BRICS”, é um dos braços mais importantes e práticos da organização. Sediado em Xangai, e presidido pela ex-Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, ele tem como função financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento em países emergentes.
O NDB surge como uma alternativa viável ao Banco Mundial, oferecendo empréstimos com condições que respeitam a soberania e as necessidades locais das nações em desenvolvimento. Atualmente presidido por Dilma Rousseff, o banco tem expandido sua carteira de investimentos para diversos setores estratégicos.
Além dos membros do bloco, o banco também aceita a participação de outros países, o que fortalece sua base de capital e sua influência. Ele é a prova concreta para entendermos o que é BRICS e como o grupo consegue transformar diálogos diplomáticos em soluções financeiras reais para seus integrantes.
A expansão do bloco: porque novos países decidiram aderir ao BRICS?
A recente expansão do BRICS é motivada pelo desejo de muitas nações em reduzir sua dependência econômica do dólar e da influência política dos Estados Unidos. Fazer parte do bloco oferece uma rede de proteção e parcerias comerciais mais diversificadas em um mundo cada vez mais incerto.
Para países como o Irã e a Arábia Saudita, a adesão representa a oportunidade de integrar um fórum de prestígio que valoriza a multipolaridade. Além disso, o acesso a novos mercados e a possibilidade de financiamentos via NDB tornam o convite para o BRICS extremamente atrativo.
A expansão também fortalece a posição do bloco em temas como transição energética e rotas de comércio globais. Com mais membros, o BRICS ganha legitimidade para falar em nome do “Sul Global”, representando os interesses de países que historicamente foram deixados à margem das grandes decisões.
Os desafios e o futuro do BRICS em um mundo multipolar
Apesar do crescimento, o BRICS enfrenta o desafio de manter a coesão entre países que possuem sistemas de governo e interesses geopolíticos muito distintos. Integrar nações como Irã e Arábia Saudita, ou gerenciar as tensões históricas entre China e Índia, exige uma diplomacia constante e habilidosa.
Manter o que é BRICS dependerá da sua capacidade de implementar a “desdolarização” das trocas comerciais, um dos temas mais debatidos atualmente. O uso de moedas locais em transações entre os membros é um passo crucial para diminuir a vulnerabilidade frente a sanções financeiras internacionais.
O BRICS caminha para se consolidar como o principal contrapeso ao G7, representando a mudança do eixo de poder econômico do Ocidente para o Oriente e o Sul. Se conseguir superar suas divergências internas, o bloco comandará as novas regras do comércio e da política mundial nas próximas décadas.
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