Reforma Ortográfica: o que é e quando foi a última? Veja!

Saiba tudo sobre a última reforma ortográfica e como funciona esse tipo de mudança!

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Você já deve ter ouvido falar em reforma ortográfica, principalmente quando surgem as dúvidas sobre a grafia correta das palavras compostas, certo?

Mas você sabe o que é e qual o objetivo da reforma ortográfica?

Estudantes e profissionais que buscam atuar em áreas que demandam um alto conhecimento de gramática ou tem interesse na área de Letras, precisa estar por dentro do assunto. Por isso, fizemos este artigo para esclarecer as suas dúvidas. Vamos lá?

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Saiba mais ao longo do post ou navegue pelo índice:

O que é reforma ortográfica?

Uma reforma ortográfica consiste em atualizar as normas relacionadas a mudanças em um idioma. Ou seja, o seu objetivo é corrigir, mudar ou renovar padrões de escrita e interpretação em uma determinada língua. Confira as principais reformas ortográficas no mundo:

  • Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa (1990);
  • Reforma Ortográfica da Língua Francesa (1990);
  • Reforma Ortográfica do Alemão (1996);
  • Reforma Ortográfica do Russo (1918);
  • Reforma Ortográfica do Turco (1928).

Qual é o objetivo da reforma ortográfica?

O objetivo de uma reforma ortográfica é garantir que a língua escrita esteja de acordo com o que é falado e também com as convenções sociais vigentes. Ou seja, é comum que conforme o tempo passe, algumas coisas passem a mudar de sentido ou mesmo tópicos gramaticais se atualizem.

Com isso, a reforma ortográfica busca atualizar regras e normas. Além disso, no caso da reforma ortográfica mais recente no Brasil, seu objetivo era unificar e aproximar as regras gramaticais do idioma entre diferentes países que falam a língua portuguesa.

Quando foi a última reforma ortográfica?

A última reforma ortográfica do Brasil foi em 2009 e é a mais atualizada. Ela aconteceu de diferentes formas em diferentes países que falam português.

Quantas reformas ortográficas o Brasil já teve?

O Brasil contou até hoje com duas reformas ortográficas:

  • 1943: foi instituído pela Academia Brasileira de Letras o primeiro formulário de normas e instruções sobre a Língua Portuguesa;
  • 2009: a reforma ortográfica mais recente, onde foram incluídas novas letras no alfabeto e algumas mudanças com relação à gramática.

Sistema ortográfico vigente

O sistema ortográfico vigente no Brasil surge a partir do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009, a reforma ortográfica mais recente. O objetivo foi promover a unificação das regras ortográficas entre os países lusófonos (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, e Timor-Leste).

Reforma ortográfica 2023

Não houve nenhuma reforma ortográfica em 2023, apenas uma atualização no acordo vigente que foi feita em 2022. No mais, o sistema ortográfico vigente segue em vigor.

Exemplos reforma ortográfica

Como vimos ao longo do texto, a reforma ortográfica instaurada em 2009 e vigente nos dias atuais, tem por objetivo unificar as normas gramaticais nos países lusófonos.

Para compreender melhor as alterações, confira abaixo alguns exemplos da reforma ortográfica e como os padrões mudaram:

  • 1. Fim do trema (¨)

Antes: linguiça, agüentar, cinquenta

Depois: linguiça, aguentar, cinquenta

Regra: o trema deixou de ser usado em palavras portuguesas ou aportuguesadas. A pronúncia do “u” continua a mesma, mas o sinal gráfico foi eliminado;

  • 2. Uso do hífen com prefixos

Antes: anti-inflamatório, micro-ondas, auto-escola, contra-regra

Depois: anti-inflamatório, micro-ondas, autoescola, contrarregra

Regra: usa-se hífen quando o segundo elemento começa com h ou com a mesma vogal com que o prefixo termina (ex.: anti-inflamatório).

Não se usa hífen quando o prefixo termina com vogal diferente da inicial do segundo elemento (autoescola, contrarregra).

  • 3. Supressão de consoantes mudas

Antes: acção, óptimo, baptismo, recepção

Depois: ação, ótimo, batismo, recepção

Regra: as consoantes que não são pronunciadas (como o “c” e o “p” mudos) foram eliminadas da grafia;

  • 4. Acento diferencial

Antes: pára (verbo), para (preposição); pêlo, pelo; pólo, polo

Depois: para (verbo e preposição), pelo, polo

Regra: o acento diferencial deixou de ser usado em palavras que se tornaram homônimas (mesma forma escrita, significados distintos);

  • 5. Acento em hiatos “oo” e “ee”

Antes: enjôo, lêem, crêem

Depois: enjoo, leem, creem

Regra: caiu o acento nas palavras com hiato formado por vogais iguais seguidas (oo e ee);

  • 6. Acento em ditongos abertos nas palavras paroxítonas

Antes: idéia, assembléia, heróico, jóia

Depois: ideia, assembleia, heroico, joia

Regra: não se usa mais acento em ditongos abertos “éi” e “ói” nas palavras paroxítonas;

  • 7. Inclusão das letras “k”, “w” e “y” no alfabeto

Antes: alfabeto tinha 23 letras

Depois: alfabeto passou a ter 26 letras (inclusão de k, w e y)

Regra: reconhecimento oficial dessas letras, já usadas em símbolos, nomes próprios e unidades de medida (ex.: kilômetro segue como quilômetro, mas kg, William, Wyoming continuam válidos).

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