Talking with the experts: Manoel Almeida

Confira todos os detalhes dessa conversa exclusiva entre Manoel Almeida e Gabriel Granjeiro sobre como se destacar no mercado de TI

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No imaginário popular, o mundo da tecnologia é frequentemente visto como um universo fechado de códigos, algoritmos e máquinas. Um lugar onde a proficiência técnica reina de forma absoluta, tornando o ambiente acessível apenas para aqueles que o dominam.

Mas, a realidade é um pouco diferente desse cenário. Para além do conhecimento teórico, que pode ser aprendido por meio de cursos, um profissional de tecnologia também deve ter boas qualidades comportamentais que podem colocá-lo na liderança de um time.

E, para compreender as verdadeiras alavancas de sucesso e liderança na área, é preciso ouvir quem está na linha de frente no dia a dia, gerenciando equipes de alta performance e conectando inovação com resultados de negócio. Esse é o caso de Manoel Almeida, Diretor de Tecnologia (CTO) do Gran.

Com mais de 20 anos de experiência, sua trajetória inclui passagens como diretor na FinTech AM Digital e na EdTech Descomplica, além de um projeto massivo para desenvolver o novo sistema de ponto de venda (PDV) para quase 1.700 Lojas Americanas.

Manoel também fundou uma empresa de tecnologia que, por ser composta apenas por engenheiros, o forçou a “jogar nas 11 posições” e aprender sobre negócios na prática.

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Em uma conversa exclusiva, ele revelou os aprendizados mais surpreendentes e impactantes de sua jornada. A conversa completa, repleta de detalhes e dicas adicionais, é um conteúdo exclusivo para os alunos dos cursos de MBA do Gran.

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Habilidades para se destacar em TI

A imagem clássica do programador isolado, aquele que “nunca abre a câmera quando vai fazer um call” e vive focado apenas no código, está cada vez mais distante da realidade do mercado. Segundo Manoel Almeida, o cenário moderno valoriza mais as habilidades comportamentais (soft skills) do que a pura capacidade técnica (hard skills).

Competências como colaboração, adaptabilidade, comunicação e, acima de tudo, a mentalidade de um verdadeiro solucionador de problemas (que no Gran recebe o apelido de “desenrolabilidade”), são os grandes diferenciais. A razão para essa mudança é simples e poderosa: a tecnologia evolui em uma velocidade vertiginosa.

Uma linguagem de programação ou uma arquitetura de sistema que é padrão hoje pode se tornar obsoleta em questão de meses. Em contrapartida, as soft skills, como a habilidade de aprender continuamente e se adaptar a novos desafios, são atemporais.

Como exemplo prático, Manoel cita que o programa de estágio do Gran avalia primariamente as competências comportamentais dos candidatos, acreditando que a técnica pode ser ensinada, mas a atitude é o que define o potencial. Veja:

“Hoje em dia a tecnologia evolui tão rápido que […] o que o cara aprendeu ontem, de repente já não vale daqui um mês. Então, hoje em dia é mais importante esses profissionais que têm essa capacidade de se adaptar, correr atrás, aprender coisas novas o tempo todo, saber colaborar, saber resolver o problema do que de fato o cara que de repente tem no currículo cinco linguagens de programação diferente.”

O maior erro das empresas

Um dos erros mais comuns e prejudiciais que as empresas cometem, como aponta Manoel, é enxergar a tecnologia como um “departamento executor”.

Nesse modelo antigo, as áreas de negócio definem projetos e simplesmente entregam uma lista de tarefas para a equipe de TI. Essa abordagem transforma os profissionais de tecnologia em meros “tiradores de pedido”, criando um silo que limita drasticamente o potencial da organização.

As consequências são graves: os profissionais se sentem desengajados, o que aumenta o “turnover” (rotatividade) e mina o senso de pertencimento. Mais importante, a empresa desperdiça o capital intelectual de sua equipe técnica, perdendo a oportunidade de receber insights valiosos que poderiam gerar inovações.

O modelo ideal é aquele em que a tecnologia é protagonista, e seus profissionais sentem “ownership”. Ou seja, um verdadeiro sentimento de dono sobre as soluções que criam, contribuindo ativamente para o propósito da empresa.

“Quando você faz isso, você acaba perdendo uma excelente oportunidade de usar o próprio time de tecnologia para dar insights e ajudar a inovar e ajudar no próprio negócio […] você consegue ter uma companhia muito mais alavancada por tecnologia, de fato, tecnologia sendo protagonista no negócio.”

A Inteligência Artificial não vai substituir os desenvolvedores

O avanço da Inteligência Artificial (IA) gerou o receio de que a profissão de desenvolvedor estaria com os dias contados. No entanto, a perspectiva de quem lidera equipes é bem diferente.

Manoel vê a IA não como uma ameaça, mas como a ferramenta mais poderosa para potencializar a produtividade humana, citando ganhos já observados de “duas vezes, três vezes” na eficiência de seus engenheiros.

Essa mudança redefine o papel do profissional. Em vez de se concentrar na escrita exaustiva de código, o foco se desloca para atividades de maior valor, como “a arquitetura, a inteligência e a estratégia do software”.

O fator humano continua sendo indispensável para guiar o processo, revisar o código gerado e validar sua qualidade. Manoel faz uma analogia com a medicina: a IA pode ajudar no diagnóstico, mas o médico é fundamental para analisar o resultado, garantir que não houve uma “alucinação” do modelo e tomar a decisão final.

“O desenvolvedor do software vai ser cada vez mais produtivo. Eu acho que […] cada vez mais ele vai ficar focado na arquitetura, na inteligência e na estratégia do software que ele quer desenvolver e muito menos na codificação em si, né, na geração do código.”

Como chegar ao topo na carreira de tecnologia

Embora uma fundação técnica sólida, como uma boa graduação, seja um pilar fundamental, o conselho de Manoel para quem almeja posições de liderança é contraintuitivo: busque ativamente conhecimentos fora do universo da tecnologia.

Ele destaca também a importância de entender sobre finanças, área comercial, contabilidade e, principalmente, dominar as métricas e KPIs (indicadores) que movem a empresa.

Sua própria jornada como empreendedor ilustra esse ponto. Ao fundar uma empresa com outros dois engenheiros, ele precisou aprender “na marra” a “jogar nas 11 posições”, cuidando de tudo que não era código.

Essa experiência foi fundamental para sua formação. Um líder de tecnologia que entende o P&L (demonstrativo de lucros e perdas) e consegue conectar soluções técnicas aos resultados financeiros da companhia é um profissional raro e extremamente valorizado, pois prova o valor da tecnologia de forma inequívoca.

“Se eu tivesse começando hoje uma carreira, eu não abriria a mão de uma graduação, mas eu buscaria muito conhecimento fora também do mundo da tecnologia para garantir que lá na frente eu vou conseguir estar muito conectado com o negócio da empresa que eu tiver trabalhando. Eu acredito que assim eu acabaria me destacando.”

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As lições de Manoel Almeida desenham um novo perfil para o profissional de sucesso na área de tecnologia: mais humano, mais colaborativo, mais estratégico e profundamente conectado ao negócio.

Os insights mostram que a excelência técnica é apenas o ponto de partida; o verdadeiro diferencial está na capacidade de resolver problemas complexos, trabalhar em equipe, integrar a tecnologia à estratégia da empresa e usar ferramentas como a IA para focar em atividades de maior valor.

Essa discussão aprofundada, com muitos outros exemplos práticos e conselhos de carreira, está disponível na íntegra para os alunos dos cursos de MBA do Gran. Conheça nossos cursos e tenha acesso a conteúdos exclusivos com os maiores especialistas do mercado:

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