Cooperação Internacional: o que é e para que serve?

Em um planeta interconectado, os desafios mais urgentes da humanidade são globais por natureza. A solução para eles, portanto, não pode ser local. É nesse contexto que a cooperação internacional se consolida como um dos pilares mais importantes das relações entre as nações no século 21.

Acompanhe o artigo para saber mais ou navegue pelo índice:

• O que é Cooperação Internacional e qual a sua importância?
• O que faz um profissional em Cooperação Internacional?
• Quais são os principais objetivos da Cooperação Internacional para o desenvolvimento?
• Quais os tipos de Cooperação Internacional?
• Quais são as principais agências de Cooperação Internacional?
• Como o Brasil se insere no contexto da Cooperação Internacional?
• Como a Cooperação Internacional pode ajudar a resolver problemas globais?

O que é Cooperação Internacional e qual a sua importância?

A cooperação internacional é o conjunto de ações colaborativas entre Estados, organismos internacionais e, por vezes, a sociedade civil, com o objetivo de alcançar metas comuns e promover o desenvolvimento mútuo. É a principal ferramenta da diplomacia para lidar com questões que transcendem as fronteiras de um único país.

Sua importância é imensa, pois ela permite o compartilhamento de conhecimentos, tecnologias e recursos financeiros para enfrentar desafios globais, promover a paz e a segurança, proteger os direitos humanos e alcançar um desenvolvimento econômico e social mais equitativo e sustentável.

O que faz um profissional em Cooperação Internacional?

O profissional desta área é um articulador. Ele trabalha em agências governamentais, organizações não governamentais (ONGs) ou organismos internacionais (como a ONU), e suas principais funções incluem:

• Gerenciar projetos: planejar, executar e monitorar projetos de desenvolvimento em áreas como saúde, educação ou meio ambiente;
• Negociar acordos: participar da formulação e negociação de acordos de cooperação entre países;
• Captar recursos: buscar financiamento para projetos junto a governos e fundações internacionais;
• Produzir relatórios e análises: avaliar o impacto dos projetos e analisar o cenário político e social de diferentes regiões.

Quais são os principais objetivos da Cooperação Internacional para o desenvolvimento?

Atualmente, a grande bússola que norteia a cooperação internacional para o desenvolvimento é a Agenda 2030, estabelecida pela ONU. Seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são a meta comum da comunidade global. Os principais objetivos transversais da cooperação incluem:

• A erradicação da pobreza e da fome;
• A promoção da saúde, do bem-estar e da educação de qualidade;
• O fomento da igualdade de gênero;
• O combate às mudanças climáticas e a proteção do meio ambiente;
• A promoção da paz, da justiça e de instituições eficazes.

Quais os tipos de Cooperação Internacional?

A cooperação pode ser classificada de diferentes formas:

Pela natureza

• Técnica: compartilhamento de conhecimentos e experiências;
• Financeira: doação ou empréstimo de recursos para projetos;
• Científica e tecnológica: desenvolvimento de pesquisas conjuntas;
• Humanitária: ajuda de emergência em casos de desastres ou conflitos.

Pelo número de parceiros

• Bilateral: entre dois países;
• Trilateral: quando um país desenvolvido ou um organismo internacional financia a cooperação entre dois países em desenvolvimento;
• Multilateral: realizada através de organismos internacionais como a ONU ou o Banco Mundial.

Pelo perfil dos países

• Norte-Sul: a cooperação tradicional, de um país desenvolvido para um em desenvolvimento;
• Sul-Sul: a cooperação entre países em desenvolvimento, baseada na troca de experiências com realidades semelhantes.

Quais são as principais agências de Cooperação Internacional?

As principais agências são:

• Organização das Nações Unidas (ONU): através de seus diversos programas e agências, como o PNUD (desenvolvimento), a OMS (saúde) e a UNESCO (educação e cultura);
• Banco Mundial: principal fonte de assistência financeira e técnica para países em desenvolvimento;
• Agências bilaterais: como a USAID (dos EUA), a JICA (do Japão) e, no caso do Brasil, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ligada ao Ministério das Relações Exteriores.

Como o Brasil se insere no contexto da Cooperação Internacional?

O Brasil tem uma posição única e estratégica. Durante décadas, foi primariamente um receptor de cooperação.

Hoje, o país atua em uma dupla via: continua recebendo cooperação em áreas de alta tecnologia, mas se consolidou como um dos líderes globais na Cooperação Sul-Sul. O Brasil “exporta” políticas públicas e tecnologias sociais bem-sucedidas, que são adaptadas e implementadas em outros países da África e da América Latina.

Como o Brasil coopera em áreas como saúde e educação?

A cooperação técnica brasileira é muito respeitada no mundo. Alguns exemplos de sucesso incluem:

• Na saúde: a exportação do modelo brasileiro de combate ao HIV/Aids, a criação de bancos de leite humano em mais de 20 países e a cooperação na produção de medicamentos;
• Na educação: o compartilhamento de programas de merenda escolar, alfabetização de adultos e formação profissional, especialmente com países de língua portuguesa na África.

Como a Cooperação Internacional pode ajudar a resolver problemas globais?

Problemas globais exigem soluções globais. Nenhum país, por mais poderoso que seja, consegue resolver sozinho a crise climática, controlar uma pandemia, combater o terrorismo internacional ou acabar com a pobreza extrema.

A cooperação internacional é o único caminho viável, pois permite a criação de consensos, a mobilização de recursos em escala massiva e a implementação de ações coordenadas que beneficiam toda a humanidade. A carreira em cooperação internacional exige um conhecimento profundo de políticas públicas, direito internacional e gestão.

É por isso que uma pós-graduação em áreas como Relações Internacionais ou Gestão Pública, como as oferecidas pela Gran Faculdade, é fundamental. Esses cursos fornecem a base teórica e as ferramentas analíticas para que o profissional possa entender e atuar neste complexo cenário global.

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