Tipos de trabalho: conheça os 10 principais

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A carreira profissional não é algo necessariamente linear. Ao longo das suas trajetórias, trabalhadores se deparam com diversas situações, transitando por diferentes tipos de trabalho enquanto buscam a satisfação profissional. Nesse processo, é fundamental entender as questões trabalhistas e ficar de olho no cumprimento dos seus direitos. 

Isso porque, no Brasil, as relações laborais podem existir de muitas formas. E com as eventuais mudanças e atualizações nas leis, é perfeitamente comum que você não conheça algumas dessas variedades de trabalho ou que busque mais informações sobre elas. 

Pensando nisso, neste artigo, vamos mostrar a necessidade de entender as variedades de trabalho, explicar cada uma delas e, claro, daremos dicas para que você saiba qual é o melhor cenário para você. Veja!

O que são tipos de trabalho?

Tipos de trabalho são modalidades diferentes de trabalho, como o da carteira assinada, estágio, PJ, autônomo, entre outros. 

Em todas as profissões, há essa variedade de modelos de contratação, que envolve o meio que será utilizado para formalizar a relação de empregador e empregado. Assim, cada tipo tem o seu próprio contrato de trabalho com as suas características. 

Quais são os 10 tipos de trabalho?

Os tipos de trabalho, no Brasil, estão diretamente ligados aos movimentos do mercado e às particularidades das relações empregatícias. 

Alguns formatos são construídos em torno da busca por estabilidade e pela garantia de direitos, enquanto outros são mais abrangentes, dando espaço à negociação entre as partes. 

Conheça cada um, a seguir!

1. Formal ou CLT

Geralmente é assim: pensou em emprego, pensou em CLT. O ato de assinar a carteira de trabalho é muito comemorado por jovens que estão ingressando no mercado ou mesmo por profissionais que buscam estabilidade. 

E isso é totalmente compreensível, afinal, a CLT formaliza um vínculo empregatício legal e bem regulado. 

No modelo clássico de trabalho assalariado, o profissional atua, em média, por 40 horas semanais, tendo direito a um salário mensal. Caso as horas combinadas sejam ultrapassadas, o colaborador deve receber um bônus no banco de horas ou uma remuneração extra. 

O pagamento de hora extra é uma das garantias da CLT, que também estabelece direitos, como:

  • licença-maternidade;
  • férias remuneradas;
  • seguro-desemprego;
  • aviso prévio;
  • descanso semanal remunerado;
  • 13º salário, entre outros.

Nesse modelo, as contribuições obrigatórias, como o pagamento ao INSS e imposto de renda, são descontadas diretamente do pagamento. Por isso, há uma diferença entre o salário bruto e o valor que, de fato, chega na conta do trabalhador. 

2. Autônomo

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 30 milhões de brasileiros atuam profissionalmente como autônomos. 

Esses profissionais se caracterizam por não possuírem vínculo empregatício, sendo responsáveis por precificar os próprios serviços e gerenciar o negócio. É uma opção que “abre mão” de certos direitos em detrimento de maior liberdade e flexibilidade. 

Ainda de acordo com o IBGE, aproximadamente 65,8% dos trabalhadores autônomos atuam na informalidade. Isso significa que eles não seguem a legislação trabalhista e excluem do processo as garantias da formalidade e, até mesmo, o pagamento de tributos. 

Os tipos de trabalho informal variam, podendo contemplar profissionais como feirantes, motoristas de aplicativo e vendedores de porta em porta. Porém, não é preciso ficar na informalidade para seguir carreira como autônomo. 

3. Pessoa Jurídica (PJ)

Abrir um CNPJ é um passo importante para explorar os diferentes tipos de trabalho autônomo. A Pessoa Jurídica representa um negócio inscrito no Cadastro Nacional e, portanto, é regularizado perante as regulações trabalhistas. 

Assim, o profissional autônomo pode abrir a sua própria empresa e prestar serviços por conta própria, sendo responsável pelos seus direitos e deveres.

4. Profissional liberal

Outro tipo de trabalho, no Brasil, é o profissional liberal. Aqui, o trabalhador exerce uma função que requer nível de formação técnico ou superior. Essa categoria é, geralmente, regulada por algum conselho. 

Na área de Direito, por exemplo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) fiscaliza o exercício da advocacia e defende a ética e os direitos da classe. 

O modelo de contratação pode variar. Existem profissionais liberais que aderem ao regime CLT, atuando diretamente em uma empresa. Outros, optam por maior liberdade e trabalham de forma autônoma, tornando-se responsáveis por recolher, diretamente, os próprios tributos. 

5. Temporário

Esse é um tipo de trabalho que se caracteriza pela prestação de serviços sem necessidade de vínculo empregatício ou recorrência. 

São trabalhos pontuais que costumam responder às demandas de empresas que precisam substituir colaboradores em férias ou aumentar a capilaridade da equipe durante um período de maior atividade. 

Embora não seja visto como ideal, a longo prazo, o trabalho temporário pode servir como porta de entrada para um cargo fixo no futuro. 

6. Estágio

O estágio é uma das etapas mais importantes na formação de um novo profissional. É um cargo oferecido a estudantes, tendo como objetivo aproximá-los das atividades práticas da sua profissão e ambientá-los no mercado de trabalho. 

Tal modelo pode ser remunerado ou não, mas deve seguir as regras estabelecidas pela Lei do Estágio, que incluem um limite de 6 horas de trabalho diário e a possibilidade de sair mais cedo em períodos de provas

7. Doméstico

O trabalho doméstico envolve atividades realizadas em residências, como limpeza, organização, cuidados com crianças (babás), idosos (cuidadores) ou animais, além de serviços como cozinha e jardinagem. 

A categoria é regulamentada pela Lei Complementar nº 150/2015, que estabelece direitos como registro em carteira, férias remuneradas, 13º salário, FGTS e jornada máxima de 44 horas semanais

Assim, os empregadores devem assinar a carteira de trabalho e cumprir obrigações legais, como recolhimento de encargos trabalhistas e previdenciários. 

8. Trainee

Os programas de trainee são direcionados a recém-formados no Ensino Superior que buscam desenvolver futuros líderes para grandes empresas. O objetivo é capacitar jovens talentos em diversas áreas de uma organização, oferecendo experiências práticas e estratégicas.

Trainees costumam passar por rodízios em diferentes departamentos, participando de projetos e processos que ampliam a sua visão corporativa. 

Esse tipo de trabalho oferece salários competitivos, benefícios atrativos e oportunidades de crescimento rápido. É ideal para quem busca uma carreira sólida em empresas renomadas, com possibilidades de ascensão a cargos de liderança.

9. Freelancer

O freelancer, por sua vez, trabalha de forma independente, oferecendo serviços pontuais ou em projetos específicos para diferentes clientes. É uma modalidade comum em áreas como design, redação, Marketing Digital, tecnologia e audiovisual.

A principal vantagem é a flexibilidade, já que o profissional pode escolher seus horários, locais de trabalho e clientes. No entanto, isso exige disciplina, organização e habilidades de gestão financeira, pois não há garantias como salário fixo ou benefícios trabalhistas.

Os freelancers podem atuar de forma regularizada, emitindo notas fiscais como MEI (Microempreendedor Individual), o que permite acessar benefícios previdenciários e ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho.

10. Voluntário

Por fim, o trabalho voluntário é uma atividade não remunerada realizada com o objetivo de contribuir para causas sociais, ambientais ou culturais. É regulamentado pela Lei nº 9.608/1998, que define que o voluntariado não gera vínculo empregatício nem obrigações trabalhistas.

Embora não ofereça salários, o voluntariado proporciona aprendizado prático, desenvolvimento de habilidades interpessoais e ampliação da rede de contatos (networking), além de ser uma forma de adquirir experiência e se destacar em processos seletivos — já que muitas empresas valorizam o envolvimento em projetos sociais.

Os voluntários podem atuar em ONGs, instituições de ensino, hospitais, eventos comunitários ou até mesmo em iniciativas organizadas por empresas.

Qual é o melhor tipo de trabalho?

A melhor modalidade de trabalho varia conforme o perfil profissional, momento de vida e os objetivos de cada pessoa. O importante é considerar aspectos como:

  • estabilidade ou flexibilidade: você prefere segurança financeira ou liberdade para criar a sua própria rotina?
  • desenvolvimento profissional: qual modalidade oferece maior aprendizado ou alavanca sua carreira?
  • benefícios e garantias: analise os direitos e as vantagens de cada modelo.

Independentemente da escolha, investir na sua qualificação é essencial para se destacar no mercado. Um profissional com formação acadêmica tem mais chances de alcançar melhores posições e salários.

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