Saúde Coletiva: o que é e qual a importância?

A Saúde Coletiva é uma área responsável por cuidar da saúde da população, sempre de acordo com a diversidade cultural e contexto social local. Esse campo tem crescido e ganhado cada vez mais espaço principalmente em comunidades consideradas em situação de vulnerabilidade social ou onde há presença forte de saberes tradicionais.

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Saiba mais acompanhando o artigo ou navegando pelo índice:

• O que é saúde coletiva?
• Quais são os objetivos da saúde coletiva?
• Bases da saúde coletiva
• Saúde coletiva: o que faz?
• Quais são os principais indicadores de saúde coletiva?
• Quais são os principais desafios da saúde coletiva?
• Quais os campos de atuação da saúde coletiva?
• Qual a importância da saúde coletiva?

O que é saúde coletiva?

A saúde coletiva busca tratar questões sanitárias de diferentes tipos de população respeitando sua identidade cultural e social. A área é responsável por atuar em uma série de demandas relacionadas ao meio ambiente, epidemiologia e saúde em geral. Com isso, também é possível associar o tema a saúde pública, políticas sociais e gestão em saúde.

Como surgiu a saúde coletiva?

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a saúde coletiva ficou mais popular na década de 1970. Nessa época, o acesso da população a questões relacionadas ao bem estar era muito difícil, o que causou uma movimentação social reivindicando melhorias na área sanitária e ambiental.

Dessa forma, aconteceram uma série de mudanças que promoveram uma reforma sanitária. A democratização do acesso à saúde se fortaleceu junto a organização do Sistema Único de Saúde, bem como diversas práticas buscando aproximar a sociedade de questões de salubridade: assim surge a saúde coletiva no Brasil.

Conceitos de saúde coletiva

Existem diversas formas de conceituar a saúde coletiva, mas todas elas envolvem a relação entre população e saúde. Em um aspecto mais geral, o Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, define a saúde coletiva como um:

Campo de ações e saberes voltados para a promoção, proteção e recuperação da saúde das populações, respeitando suas diversidades – entendendo saúde não apenas como ausência de doença, mas um processo que envolve questões: epidemiológicas, socioeconômicas, ambientais, demográficas e culturais.

Todavia, também é possível pensar a área como algo mais aplicado ao bem-estar da sociedade, respeitando emoções e sentimentos que um momento delicado relacionado à saúde pode significar. Segundo a Universidade Federal de Goiás (UFG) a saúde coletiva busca:

todas as condições requeridas não apenas para evitar a doença e prolongar a vida, mas também para melhorar a qualidade de vida e, no limite, permitir o exercício da liberdade humana na busca da felicidade.

Por fim, um conceito mais acadêmico e técnico, a Fiocruz coloca a saúde coletiva como um campo voltado para pesquisa relacionando biomedicina e ciências sociais:

é uma área de conhecimento multidisciplinar construída na interface dos conhecimentos produzidos pelas ciências biomédicas e pelas ciências sociais. Dentre outros, tem por objetivo investigar os determinantes da produção social das doenças com o fito de planejar a organização dos serviços de saúde.

Quais são os objetivos da saúde coletiva?

Os objetivos da saúde coletiva são:

• Promover o bem-estar social;
• Garantir uma boa gestão da saúde em seus diversos aspectos;
• Incentivar o respeito a saberes tradicionais e diversidade cultural;
• Buscar administrar conflitos em diferentes contextos sociais e a saúde;
• Defender a transparência do uso de recursos da saúde;
• Monitorar e analisar dados relacionados a saúde e população, entre outros.

Bases da saúde coletiva

As bases da área, que compõem a sua essencial e desenvolvimento enquanto campo de estudo e atuação profissional são:

• Epidemiologia: que busca compreender fenômenos que envolvem a freqüência e a transmissão de doenças nas sociedades;
• Política, Planejamento e Gestão em Saúde: que envolve aspectos relacionados a gerenciamento, organização e regulação de aspectos relacionados a área;
• Ciências Sociais em Saúde: que busca pensar questões sociais e culturais envolvendo a população e seus diferentes contextos de forma mais humanizada.

Saúde coletiva: o que faz?

As principais atividades do profissional de saúde coletiva são:

• Planejamento e gestão em saúde pública, privada ou ambiental;
• Pesquisa acadêmica voltada para biomedicina e/ou humanidades;
• Estudos e práticas relacionadas à ética, direitos humanos e biologia;
• Gerenciamento de unidades de saúde, laboratórios e alas hospitalares;
• Auditoria e controle relacionadas a saúde;
• Emissão de laudos técnicos aplicados à saúde;
• Desenvolvimento de atividades e políticas de saúde.

Quais são os principais indicadores de saúde coletiva?

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, os principais indicadores de saúde são:

• Mortalidade / Sobrevivência;
• Morbidade / gravidade / incapacidade;
• Nutrição / crescimento e desenvolvimento;
• Aspectos demográficos;
• Condições socioeconômicas;
• Saúde ambiental;
• Serviços de saúde.

Quais são os principais desafios da saúde coletiva?

Alguns dos principais desafios da área são muito comuns ao campo da saúde de forma geral:

• Combate a divulgação de informações falsas sobre saúde;
• Valorização e regulação de aspectos sobre fármacos e tratamentos;
• Valorização de diferentes classes profissionais da saúde;
• Incentivos e investimentos financeiros;
• Engajamento e envolvimento da comunidade.

Quais os campos de atuação da saúde coletiva?

O profissional da saúde coletiva é demandado em diferentes espaços:

• Órgãos públicos relacionados à saúde, como o Ministério da Saúde, Agências Reguladoras ou Secretarias Estaduais e Municipais;
• Hospitais, laboratórios, clinicas e centros de saúde públicos e privados;
• Instituições de pesquisa públicas e privadas relacionadas à saúde;
• Consultoria e assessoramento de planos de saúde, indústria farmacêutica ou laboratórios;
• Organismos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde;
• Terceiro setor, em associações profissionais e ONGs voltadas para saúde coletiva.

Saúde individual e coletiva

A saúde individual e coletiva, ainda que diferentes, se relacionam. Isso acontece porque a saúde individual é voltada para questões específicas de cada um, ou seja: problemas de saúde concretos, tratamentos médicos especializados e acompanhamento individual.

No mesmo caminho, é impossível falar da saúde individual sem relacionar com a saúde coletiva. Nesse caso, é importante que a saúde coletiva observe os principais pontos em comum entre cada paciente individualmente para promoção de um bem-estar coletivo.

Afinal, para que a saúde individual funcione, é preciso que a saúde coletiva esteja atuante buscando formas de atender ao contexto social de um espaço: promoção de atividades de acordo com o perfil dos pacientes, gestão de fármacos, atividades físicas e outras ações.

Qual a diferença entre saúde coletiva e saúde pública?

Outros dois pontos indissociáveis são a saúde pública e saúde coletiva. Apesar de muito parecidos, a saúde pública envolve questões tanto gerais da população, independente dos setores da sociedade, como também relacionadas ao serviço público especificamente.

Em geral, a Saúde Pública envolve atividades do governo para facilitar o acesso a saúde para a população. Dessa forma, a saúde coletiva está envolvida no que diz respeito a gestão dos espaços de saúde, bem como o respeito e diálogo com contextos sociais diversos, saberes tradicionais e cultura.

O foco da saúde pública e saúde coletiva é o bem-estar da população. No entanto, a saúde pública tem um teor mais administrativo, geral e regulatório. Enquanto isso, a saúde coletiva busca um olhar mais social e cultural para promoção da saúde.

Qual a importância da saúde coletiva?

Em geral, a saúde coletiva é muito importante para garantir um acesso à saúde mais digno e respeitoso para a população. Esse objetivo busca ser atendido tanto em questões relacionadas à gestão de recursos, como também atendendo a demandas culturais e específicas de cada contexto social.

Desse modo, a saúde coletiva é fundamental para um atendimento mais humanizado. Tudo isso sem perder os aspectos administrativos e regulatórios que envolvem o bem-estar, a constituição, os direitos humanos, as diretrizes internacionais e também aspectos sanitários e ambientais.

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